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Desrespeito

A paciência dos moradores de Rio Branco com o transporte público operado pela empresa Ricco está se esgotando. A cada dia surgem novos relatos de precariedade: desta vez, usuários denunciaram veículos com avarias no teto, o que, em pleno período de chuvas, acaba molhando quem depende do sistema coletivo. É mais um capítulo de um serviço que se arrasta em dificuldades, enquanto o prefeito Tião Bocalom segue sendo cobrado por providências que nunca chegam. Desse jeito, fica difícil defender a atual gestão.


Sem noção

No campo político, o clima também é de tensão crescente. A prisão preventiva de Jair Bolsonaro e as informações da Polícia Federal sobre a violação da tornozeleira eletrônica têm provocado reações que beiram o negacionismo. No Acre, alguns “patriotas” foram rápidos em afirmar que o ex-presidente não descumpriu as regras impostas pela Justiça. Mas como sustentar essa narrativa diante do vídeo em que o próprio Bolsonaro admite o ocorrido? Seria, então, fake news?


Bico fechado

Detalhe curioso: nenhum dos principais aliados de Bolsonaro no Acre — como Marcio Bittar, Tião Bocalom e Coronel Ulysses — teve coragem de comentar a violação explícita da tornozeleira eletrônica. Limitaram-se a criticar o STF. Um silêncio, no mínimo, estranho.


Na chave com o Mito

Bocalom e seu grupo reafirmam: “fechados com Bolsonaro”.


Falando ato

Enquanto isso, Marcio Bittar gerencia a possibilidade de ficar sem mandato para facilitar a vida de um integrante do clã Bolsonaro. Quem pariu o monstro que o embale…


Reacomodações

As movimentações discretas entre MDB, PP e União Brasil revelam um xadrez antecipado para 2026, com lideranças testando alianças sem assumir compromissos públicos.


Tensões

Já não tem mais como esconder que a base governista vive sinais de desgaste: deputados aliados do Palácio Rio Branco intensificaram as cobranças por mais espaço e execução de emendas, enquanto Cameli tenta manter a coesão até o ano eleitoral. Não está fácil.



Retornos

Figuras tradicionais ensaiam reentrada no jogo, apostando na dispersão de lideranças locais para recuperar protagonismo num tabuleiro mais fragmentado.


Silêncios

A oposição continua tímida e sem narrativa unificadora, embora articule nomes que possam “furar bolha” e explorar o cansaço com a política tradicional.


Exposições

Pré-candidatos intensificam agendas em bairros e ramais, usando programas sociais e entregas administrativas como vitrine precoce de campanha.


Rachaduras

Dentro de algumas siglas, disputas internas por comando e nominatas mostram que a montagem das chapas proporcionais será tão complexa quanto a majoritária. É o caso do Novo, com Jarude dando uma de coronel de barranco.


Visibilidades

Seria o caso da ex do Zero Um? Pois andam falando que lideranças jovens ganham espaço e “desafiam” estruturas tradicionais, apostando em redes sociais e narrativas locais para se posicionar como alternativas viáveis.


Sinais

Com Tião Bocalom fora da prefeitura, estão prevendo que a sucessão em Rio Branco se tornará termômetro da eleição estadual: alianças municipais começam a mostrar quem marchará junto — ou separado — em 2026.


É nosso

Na inauguração da Ponte da Sibéria, em Xapuri, o erro clássico: entender e divulgar que emenda parlamentar é recurso liberado pela bondade de deputado ou senador. A coluna vai desenhar: emenda parlamentar é o rico dinheirinho meu, seu, de todos nós. O mérito do parlamentar está em indicar para este ou aquele setor. Ponto.


Erro

Só para lembrar: essa Ponte da Sibéria é aquela mesma que o governador Gladson Camelí disse que iria vestir uma saia, caso não terminasse no prazo. Ele concluiu a obra e deixou os petistas negacionistas com a bandeira no chão.


Acerto

Nem deveria ser motivo de comentário. Mas como a agenda anda meio desqualificada, acaba que a postura do governador precisa ser ressaltada. A presença do prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, na condição de presidente da Amac, na inauguração da Ponte da Sibéria, é um acerto.



Poderia

Gladson poderia barrar o adversário da sua candidata e colocar o prefeito de Xapuri representando a Amac. Mas não o fez. Essas coisas acabam revelando um pouco do espírito incomum de Gladson. Há algum tempo, se fez birra por muito menos.


Perdeu

A poderosa Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) perdeu a chance de ser grande. Em comunicado sobre o fim do tarifaço, excluiu o Governo Federal das articulações junto ao governo norte-americano. Creditou o fim da sobretaxa de 40% a alguns produtos à excelência do produtor brasileiro.


Ora

Ora ora dona Aurora! É claro que a excelência dos produtos agrícolas brasileiros o credencia a lugar de destaque no cenário internacional. Isso é inquestionável. Mas não reconhecer o elementar no desfecho desse episódio do tarifaço acaba expondo a natureza político-ideológica da postura da CNA. Lamentável, diante da importância da confederação para a economia do país.


Mal o tarifaço caiu e dois clientes norte-americanos da Cooperacre já fizeram contato para pedir proposta de comercialização de castanha do Brasil. A expectativa é de que os ciclos 2025/2026 e 2026/2027 sejam de boa safra.


Desesperador

A conferir como se dará a safra. Porque 2025 foi desesperador para quem trabalha com castanha: a safra foi baixa em função da falta de chuva no ano anterior e, para completar, teve o tarifaço. O tarifaço foi o “bode na sala”.


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