Num país politicamente envenenado, um incêndio como o, que ocorreu na COP-30 repercutiu mais que o da boite Kiss
No dia 27 de janeiro de 2013, na cidade de Santa Maria, no Estado do Rio Grande do Sul, na boate Kiss, aconteceu um incêndio que matou 242 pessoas e feriu outras 636.
De triste memória, trago a tragédia acima para demonstrar o tanto quanto um país politicamente envenenado é capaz de produzir. Portanto, trago como referência o incendiozinho que aconteceu no decorrer da COP-30, esta realizada na cidade de Belém, capital do Estado do Pará.
Por que o denominei de incendiozinho? Porque o mesmo fora literalmente debelado em apenas seis minutos e dele não resultou nenhuma morte, diria até, nenhum ferido.
E por que tamanho sensacionalismo em relação ao incêndio havido na COP-30? Em primeiro lugar, por que nunca foi do interesse das grandes potências mundiais: “EUA, China e Rússia, entre outros” justamente as que mais tiram proveitos com a queima de combustíveis fósseis. Neste particular, sequer dão ouvidos aos mais especializados cientistas no quesito desequilíbrio climático.
Mas como o nosso país está atravessando o pior período da nossa história, isto em razão da nossa nociva, odiosa e radical polarização política, qualquer coisa que possa favorecer um dois dos pólos, de pronto, o outro se coloca em oposição.
A importância da COP-30 jamais poderá ser subestimada, até porque, mais 190 países do mundo estiveram presentes, e sobre àqueles cujos chefes estiveram ausentes, uma coisa é certa: seus olheiros e muito atentamente acompanharam, nos seus mínimos detalhes, a tudo que fora debatido e proposto.
Como a COP-30 teve a sua origem numa proposta do presidente Lula, logicamente, os seus opositores iriam fazer o que estão fazendo, ou seja, tentando transformá-la numa conferência de pouca ou nenhuma importância, independente da contribuição que a mesma possa emprestar para o meio ambiente planetário e do nosso país.
Volto a repetir: não sou lulista e nem estou comprometido a dá-lhes o meu voto caso ele venha concorrer a um 4º mandato presidencial, mas pelo fato de ter trazido a COP-30 para o Brasil e sediá-la na nossa Amazônia, nada mais providencial.
Lamentavelmente e cada vez mais me preocupo com a nossa radicalização política, até porque, dada a proximidade das nossas eleições, menos de um ano, tudo está nos levando a crer que entraremos numa guerra do tipo “dente por dente e olho por olho” e da qual muitos sairão cegos e banguelas.