Antes da saída da carreata em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, realizada na manhã deste domingo (23) em Rio Branco, o secretário de Assistência Social e líder do movimento de direita no Acre, João Marcos Luz, fez um discurso inflamado aos apoiadores reunidos no Lago do Amor. Ele afirmou que há um “sentimento de injustiça” no país e criticou decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo ele, a mobilização é uma resposta à prisão preventiva decretada contra Bolsonaro. “Nós estamos muito tristes. Estamos com o sentimento de cidadão brasileiro abalado, porque paira no ar um sentimento de injustiça. Um sentimento que nos deixa pensando o que nós podemos fazer e em que podemos ajudar”, declarou.
O secretário citou a convocação de vigília feita pelo senador Flávio Bolsonaro e criticou o que classificou como uma resposta “punitiva” do Judiciário. “Depois que o Flávio Bolsonaro chamou uma vigília, a resposta foi uma prisão. Ontem, o Brasil fez a vigília e hoje estamos fazendo esse evento aqui no Acre, acompanhando vários eventos nacionais, para demonstrar que o Acre se importa com os direitos humanos, com a Constituição e com a verdade.”
Luz também fez duras críticas ao ministro Alexandre de Moraes, chamando-o de “violador de direitos”.
“Nós vamos denunciar o violador de direitos, o senhor Alexandre de Moraes. A embaixada dos Estados Unidos acabou de soltar uma nota chamando ele de violador de direitos. Não podemos permitir que a injustiça prevaleça. Os falsos juízes, que também são chamados de falsos profetas na Bíblia, precisam ser denunciados.”

Foto: Jardy Lopes/ac24horas
Ao público, disse que o ato no Acre seria pacífico e incluiria uma oração na Gameleira. “Nós vamos fazer esse protesto pacífico, essa carreata até a Gameleira, e lá vamos fazer uma oração, porque esse assunto também é espiritual. Nós precisamos recorrer a Deus para que Ele possa fazer justiça.”
Sobre as acusações de tentativa de fuga do ex-presidente, João Marcos contestou. “Dizem que Bolsonaro tentou fugir com aquela vigília. O vídeo do Flávio Bolsonaro foi às 16h, chamando uma vigília para as 19h do outro dia. Então quer dizer que o presidente ia alarmar todo mundo que estava fugindo meia-noite? É um mau fugitivo esse. Quem quer cortar uma tornozeleira corta rapidamente. Todo mundo viu que ele está abalado, com emoção muito forte, até depressivo. É uma maldade.”
O secretário também questionou se haveria intenção de “eliminar” o ex-presidente.
“A pergunta que fica é: querem matar o Bolsonaro? Querem matar o líder da direita? Nós não vamos aceitar. Vamos nos pronunciar, vamos pelo menos gritar, porque a democracia nos dá essa possibilidade — e, graças a Deus, ainda estamos em democracia.”
Ele encerrou citando a Constituição Federal: “O artigo 1º da Constituição diz que todo poder emana do povo. E por isso nós estamos aqui.”


















