O elogio à resistência dos agricultores funciona como narrativa identitária. Porém, ignora desafios estruturais como acesso a mercados, logística frágil e baixa industrialização local -e o mínimo que os produtores precisam, que são os meios de escoamento da produção.
Produtores II
O fazendeiro Geraldo Maia, ex-deputado, por exemplo, colocou sua propriedade à venda após anos de luta contra o descaso nos ramais que dão acesso ao imóvel. “Cansei”, disse. Assim como ele, centenas vivem esse dilema.
Sibéria
Adiada por questões climáticas, a inauguração da ponte em Xapuri reforça o esforço do governo em mostrar entrega física diante de tantas pressões políticas. Mas o discurso triunfalista ainda evita discutir atrasos, custos e o impacto urbano real na mobilidade local. Mas que vai melhorar, isso vai.
Gladson precisa de afago
As declarações do governador estão moldadas para reacender capital político num momento em que ele precisa de vitórias simbólicas. A aposta é transformar infraestrutura em narrativa de estabilidade.
Elã
Uma constatação é que as novas lideranças ambientais do Acre da atualidade ainda não criaram elã com o sistema. Todas as atenções seguem voltadas para figurinhas carimbadas. Quer nomes? Marina Silva, Ângela Mendes…
Amazônia
O discurso sobre desenvolvimento sustentável segue preso ao dilema entre produção e preservação. Faltam metas concretas e indicadores que permitam medir se há, de fato, avanço ou apenas retórica.
Regularização
A fala sobre acesso ao crédito repete um diagnóstico antigo: sem título, não há investimentos. O problema é que governos sucessivos foram incapazes de estruturar um programa estável de regularização fundiária.
Parceria
A aproximação entre Acre e Minas Gerais projeta troca de tecnologias e práticas agrícolas, mas ainda carece de planos técnicos. Sem calendário e metas, tende a virar só diplomacia rural -e muito blablablá.
Mailza
Bom… essa COP pelo menos tem servido para Mailza tentar assumir protagonismo regional ao se posicionar no debate climático. Ainda assim, falta clareza sobre sua influência concreta nas políticas ambientais do governo.
Belém
A participação acreana na COP30 virou vitrine para autoridades que buscam credibilidade ambiental. O risco é repetir promessas sem criar mecanismos práticos de governança climática.
COP 30 de zero a dez
O evento virou palco para Estados amazônicos disputarem espaço político. O Acre tenta se inserir, mas padece de baixa capacidade técnica para transformar painéis e fóruns em políticas duráveis. De zero a dez, qual é a nota que o Estado leva no evento?
Imagem
A presença de lideranças do agronegócio ao lado de autoridades acreanas indica tentativa de alinhamento estratégico. A questão é se essa frente conjunta conseguirá conciliar agendas tão díspares quanto conservação e expansão produtiva.
Tragédia em Sena Madureira
A Polícia realizou, nessa semana, a reconstituição do acidente que deixou dois mortos e três feridos em Sena Madureira. Agora, resta aguardar os desdobramentos das investigações e torcer para que a Justiça seja feita, responsabilizando todos os envolvidos, conforme a lei.
Novela
Mais um capítulo da novela Samir vs Alysson. Samir não gostou do primo ficar num lugar de destaque na entrega da ETE. Foi isso mesmo, leitor. É briga de primo. Só que agora, com cargos públicos. No discurso, o parlamentar não citou o primo, que é vice-prefeito.
Causas
Recentemente, Alysson tirou da chefia de transporte uma pessoa ligada ao grupo de Samir que maltratava os motoristas e outros servidores. Samir não gostou. Disse que ia fazer denúncias contra Educação. Só não fala em entregar os mais de 40 cargos de terceirizada que ele mantém na Seme.
Virando piada
O clima já estava pesado desde terça-feira, quando vereadores da base participaram do credenciamento da escola Luiza Carneiro Dantas e brincaram sobre a ausência de Samir. A verdade é que Samir age com ingratidão. Alysson manteve os cargos do primo na Educação e, mesmo assim, ele trata o primo como inimigo.
Virtual
A prefeitura investe muito em outdoor, busdoor e, agora em painéis instalados em vários pontos da cidade. Quem entende do mercado garante que o gasto é na casa do milhão. Só se sabe onde são definidos: na última porta do lado esquerdo do segundo piso da Prefeitura.
Quem define?
Essa Rio Branco virtual é definida com a participação de um servidor da Polícia Civil, um empresário (que mesmo morando em outro estado mantém dois jornais impressos e esses serviços gráficos) e um homem de confiança do prefeito.
Fala logo, Bocalom!
Aliados do prefeito Tião Bocalom defendem que ele anuncie, ainda este ano, a candidatura ao Governo do Estado. Bocalom e o vice, Alysson, estão cada vez mais próximos.
Pediram
O deputado federal José Adriano (Progressistas/AC) fez apelo para que o governo adiasse a inauguração da ponte da Sibéria. Ele atendeu ao pedido de empresários que revelaram não ser possível concluir a obra.
Bastidor
Adriano tem ponte direta com o governador Gladson Camelí. Falou e mandou vídeos. O governador, como todo chefe de Executivo, não gosta desses adiamentos. Reclamou com Sula, que reclamou com Adriano.
Razão
Em uma coisa Adriano tem razão: essa obra já teve o cronograma arrombado; a comunidade já está esperando por essa intervenção há décadas. O que custa esperar mais 10, 15 dias?
Diferenças
Sendo justo: repare o leitor na diferença entre as posturas de integrantes da oposição na Câmara de Vereadores de Rio Branco. Veja o que são parlamentares de perfis denuncistas e o que é um parlamentar que dá consequência institucional às críticas que faz. Repare, leitor!
Feito pinto
Jorge Viana está feito pinto novo em merda.
Brincalhão
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, visitou um frigorífico na cidade de Presidente Venceslau. Lá chegando, deu a seguinte declaração: “A Secretaria de Agricultura e Abastecimento está em diálogo constante com o consulado do Japão em São Paulo para viabilizar a abertura do mercado japonês à carne bovina paulista”. É um brincalhão.
Desonestidade
A desonestidade está em sugerir que faz isso de forma isolada, sem dizer do intenso trabalho feito pelo Mapa e pela Presidência da República. Em tempo: ele estava sem o boné do movimento Maga.

