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Objetivo de Moraes é matar meu pai, diz Eduardo Bolsonaro sobre prisão

Eduardo Bolsonaro durante entrevista à Reuters em Washington, nos Estados Unidos - Jessica Koscielniak - 14.ago.25/Reuters
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Filho de Jair Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes busca terminar o que Adélio Bispo, autor da facada contra seu pai na campanha de 2018, começou, e que quer matar o ex-presidente.


Bolsonaro foi preso na manhã deste sábado (22) por determinação de Moraes, relator do caso da trama golpista do STF. O ministro citou em sua decisão risco de fuga para a embaixada dos Estados Unidos e violação da tornozeleira na madrugada.

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“O objetivo de Alexandre de Moraes é bem simples: matar meu pai. Terminar o serviço que a esquerda já tentou. Alexandre de Moraes é, hoje, apenas um capanga que faz o serviço sujo do regime de exceção que visa tomar o poder e eliminar completamente a oposição política no Brasil”, escreveu Eduardo no X, ex-Twitter.


Eduardo também escreveu mensagem semelhante em inglês na plataforma. Ele está desde fevereiro nos Estados Unidos em busca de sanções contra Moraes para tentar evitar punições ao pai. A ida dele para os EUA foi citada pelo ministro na decisão, inclusive.


Na postagem, o deputado disse que Bolsonaro é um idoso que foi “sequestrado em sua residência, cercado por dezenas de capangas da gestapo alexandrina” —a Gestapo foi a polícia da Alemanha nazista.


“Moraes está tentando terminar o trabalho que Adélio Bispo começou. É uma tentativa de assassinato, nada menos do que isso”, afirmou. “Qualquer regime de exceção visa eliminar fisicamente seus dissidentes; Alexandre de Moraes apenas segue a cartilha de todo tirano psicopata que veio antes dele”, acrescentou.


Jair Bolsonaro foi levado para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde permanecerá em um quarto com ar-condicionado, banheiro privativo, televisão e frigobar.


A defesa do ex-presidente pediu que ele fosse mantido em casa, onde já cumpria prisão domiciliar desde 4 de agosto, e falou em “risco à vida” diante dos problemas de saúde que ele enfrenta.


Moraes rejeitou o pedido, mas determinou que Bolsonaro receba atendimento médico “em tempo integral” e “em regime de plantão” na carceragem e com trânsito livre da equipe médica que o acompanha, sem necessidade de autorização prévia do STF.


O ministro justificou, em sua decisão, risco à ordem pública, considerando que uma vigília de apoiadores havia sido convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho dele e irmão de Eduardo, para a noite deste sábado.


Em live nas redes sociais nesta tarde de sábado, Flávio chamou a decisão é a “destruição da nossa democracia”.


“O que Alexandre de Moraes fez hoje foi criminalizar o direito sagrado e constitucional de reunião, o direito sagrado e constitucional do livre exercício da minha crença. O que ele está dizendo, nessa sentença, é que eu não posso orar pelo meu pai, que eu não posso orar pelo meu país, que eu não posso pedir ao padre para rezar um Pai-Nosso no carro de som, porque isso seria um subterfúgio para a fuga de Bolsonaro”, disse Flávio.


Na live, o senador pelo PL do Rio de Janeiro chorou e orou: “Tenho certeza que o Senhor não vai desampará-lo”.


A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, durante agenda em Fortaleza (CE), disse confiar na “justiça de Deus” porque a justiça humana “não se sustenta”.


Os advogados de Bolsonaro afirmaram, em nota, que a prisão foi baseada na realização de uma “vigília de orações”, garantida pela Constituição, e que a prisão causou “profunda perplexidade”. Eles também disseram que entrarão com recursos.


O ex-presidente foi condenado a 27 anos e três meses de prisão sob acusação de orquestrar um golpe de Estado para permanecer no poder. É a primeira vez na história do país que um ex-presidente é punido por esse crime.


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