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Cobras Dance relembram 28 anos de carreira e pioneirismo no hip-hop acreano

Foto: Studio 7/divulgação
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O grupo acreano Cobras Dance, um dos nomes mais influentes da música eletrônica regional e referência do chamado piseiro acreano, foi o destaque da edição mais recente do GoretePod, comandado pelo humorista Gorete É Show!. Em uma conversa descontraída, marcada por memórias, humor e trechos de músicas que marcaram gerações, os integrantes Samyron Cobra e Neto Cobra revisitaram quase três décadas de carreira e confirmaram novos projetos.


Recebidos por Gorete, os artistas relembraram o início da trajetória no movimento hip-hop do Acre. “Nós viemos do hip-hop acreano. Somos pioneiros”, disse Samyron. Em 2026, o grupo completa 28 anos de carreira, trajetória que começou ainda na adolescência, quando eles tinham entre 13 e 14 anos e dançavam break nas ruas de Rio Branco.

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Com a virada dos anos 2000, os artistas passaram a explorar novos ritmos e consolidaram um som próprio baseado na música eletrônica nacional, batizado regionalmente como piseiro acreano. O estilo se popularizou em casas noturnas que marcaram época, como Milênio, Hollywood, Space Dance e Via Expressa. “Era um ritmo alucinante”, relembrou Samyron.


Os músicos contaram que, para gravar o primeiro CD, precisaram viajar para Porto Velho e trabalhar por seis meses em estúdio. O álbum, com nove faixas, marcou a transição para o grande público e deu origem a hits que atravessam gerações.


Entre as músicas lembradas no programa, duas ganharam destaque especial: “Não Dá Pra Namorar”, considerada um dos maiores sucessos, e “Smurfete”, um clássico que fez referência ao antigo Mira Shopping, muito antes de Rio Branco ter centros comerciais modernos. A letra, que falava de ostentação, moda e celular – item de luxo na época – ajudou a música a se tornar um fenômeno local.


Durante o bate-papo, Gorete brincou diversas vezes com os músicos, relembrando histórias da juventude e comentando que o grupo “estava à frente do tempo”, sobretudo por criar músicas que dialogavam com temas que só se tornariam comuns anos depois. “Uma música além do seu tempo”, resumiu o apresentador ao falar de Smurfete.


A longevidade do grupo se reflete no público. Segundo Samyron, muitos fãs que frequentavam os shows nos anos 2000 hoje apresentam as músicas aos filhos, e até aos netos. “Passou de pai para filho”, contou. Os integrantes afirmam receber frequentemente vídeos de famílias assistindo aos clipes ou ouvindo as músicas em festas caseiras.


Conhecido como o “homem da tecnologia” do grupo, Neto Cobra falou sobre o desafio de adaptar o trabalho às plataformas digitais. “A gente está tentando unir o útil ao agradável, usando as redes para trazer nossas músicas, fazer mixagens novas”, explicou.


O grupo prepara lançamentos inéditos, com parcerias de artistas do cenário da música eletrônica do Norte e releituras de faixas antigas. Eles também estão incorporando ferramentas de inteligência artificial na produção musical. No programa, anunciaram que todas as músicas estão disponíveis em plataformas como Instagram, YouTube e Palco MP3. “Se a gente tivesse toda essa tecnologia há 20 anos, a audiência seria muito maior”, avaliou Gorete, que relembrou ter acumulado centenas de milhares de seguidores já na época do Facebook.


Veja a entrevista completa pelo link abaixo:


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