A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), neste sábado (22), gerou forte reação entre parlamentares do Acre aliados ao ex-mandatário. O senador Márcio Bittar (PL) e o deputado federal Ulysses Araújo (União Brasil) criticaram publicamente a decisão, classificando-a como perseguição política.
De acordo com a decisão de Moraes, Bolsonaro teria violado as condições de uso da tornozeleira eletrônica e apresentado elevado risco de fuga durante a vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). O ministro afirmou ainda que a proximidade da residência do ex-presidente com a embaixada dos Estados Unidos – cerca de 13 quilômetros – representava um indicativo adicional de possível tentativa de escapar de uma eventual prisão, o que reforçou a necessidade da medida preventiva.
Nas redes sociais, Márcio Bittar reagiu duramente, afirmando que o ex-presidente seria vítima de uma “perseguição implacável” e que sua prisão seria ilegal. O senador relembrou a facada sofrida por Bolsonaro em 2018 e alegou que as sequelas agravariam sua condição de saúde na atual situação.
“Bolsonaro é preso preventivamente pela PF por ordem de Moraes. Uma perseguição implacável! DESUMANO: sem cometer crime algum, preso ilegalmente há mais de 100 dias e no seu pior estado de saúde. Bolsonaro é um preso político. Sua prisão é ilegal. A facada que ele sofreu, de um militante de esquerda, deixou sequelas que o torturam até hoje. E agora, o sistema o tortura ainda mais. FORÇA CAPITÃO!”, declarou Bittar.
O deputado federal Ulysses Araújo também repudiou a decisão do STF. Para ele, a medida não teria justificativa jurídica suficiente. “PRISÃO PREVENTIVA? Sem crime, sem risco, sem justificativa. Isso não é Justiça — é perseguição escancarada. O Brasil está assistindo, ao vivo, o uso político do sistema judicial contra um adversário. Isso precisa acabar”, afirmou.


















