O Acre registrou, entre janeiro e outubro de 2025, o maior número de ocorrências de violência doméstica do período dos últimos cinco anos. Os dados são do Painel de Acompanhamento de Registros de Ocorrências de Violência Doméstica Consumadas ou Tentadas, do Ministério Público do Acre (MP-AC), que contabilizou 5.307 registros nos dez primeiros meses deste ano.
O volume supera todos os anos anteriores da série recente: 2.997 ocorrências em 2021, 4.450 em 2022, 4.651 em 2023 e 4.812 em 2024. Somados os registros de janeiro de 2021 a outubro de 2025, o painel aponta 25.701 casos no estado.
A série histórica completa, que considera o acumulado anual de janeiro a dezembro, também revela tendência de crescimento. Foram 3.730 casos em 2021; 5.358 em 2022; 5.564 em 2023; e 5.752 em 2024. Em 2025, o número total até outubro já iguala o acumulado anual, indicando que a projeção para o fechamento do ano pode ultrapassar períodos anteriores caso o ritmo se mantenha.
O levantamento também detalha a distribuição dos casos por município ao longo de 2021 a 2025. Rio Branco concentra quase metade das ocorrências registradas no estado, com 12.034 casos – o equivalente a 46,82% do total. Em seguida vêm Cruzeiro do Sul, com 2.995 (11,65%); Sena Madureira, com 1.592 (6,19%); Tarauacá, com 1.202 (4,68%); e Brasiléia, com 1.046 (4,07%).
Outros municípios com números expressivos são Feijó (838), Senador Guiomard (750), Epitaciolândia (743), Acrelândia (622) e Xapuri (601). Na sequência aparecem Bujari (423), Mâncio Lima (392), Capixaba (391), Plácido de Castro (386), Manoel Urbano (330), Assis Brasil (313), Porto Acre (289), Marechal Thaumaturgo (225), Rodrigues Alves (212), Porto Walter (154), Santa Rosa do Purus (113) e Jordão (50).


















