O ônibus da Ricco decidiu descer uma ribanceira sozinho, provavelmente cansado da própria frota, afinal, em Rio Branco, a única operadora já virou sinônimo de sufoco diário. Enquanto o motorista cita a falha mecânica, o povo só se lembra das panes constantes, dos atrasos e dos veículos caindo aos pedaços. No fim, o acidente só confirma o que todo acreano já sabe: o transporte coletivo anda tão ruim que até os ônibus querem fugir.
Será?
Será que não há um órgão de fiscalização que seja capaz de atuar para defender o usuário do sistema de transporte coletivo de Rio Branco? Apenas um! Ou é exigir muito?
Gratuidade
A Prefeitura de Rio Branco celebra como “serviço gratuito” aquilo que, por definição, já deveria ser garantido em qualquer unidade pública: exames básicos, atendimento e prevenção. Ironia involuntária de um sistema que anuncia como benefício o que é, na verdade, obrigação elementar do SUS.
Gratuidade II
Entre auriculoterapia, retinografia e ECG, a gestão municipal -diga-se Tião Festeiro Bocalom -trata como presente à população o que deveria ser rotina diária — acesso pleno e contínuo à saúde. A festa é grande; só falta lembrar que cidadania não é brinde promocional de datas comemorativas.
E agora Bittar?
Quem muito se abaixa mostra bunda, já diziam os mais velhos. E nessa linha é lamentável dizer que o senador Marcio Bittar já mais, um dia imaginou, que alimentaria uma mão para lhe roubar o pão. Nem ele mesmo contava com a possibilidade de fazer campanha para o senado dividindo votos com Carlos Bolsonaro.
Sem água e sem esgoto
Quem foi viu. No evento desta quarta-feira (19), onde o governador Gladson Cameli entregou uma estação de tratamento de esgoto da SANEACRE para o SAERB, o banheiro não tinha água, e quem ia ao vaso era surpreendido por um capitão, e não era um militar…
Vai ter telão
Em Mâncio Lima, o prefeito Zé Luiz vai montar na praça central do município um telão para os torcedores acompanharem a partida final da Copa Libertadores da América, no próximo dia 29, entre Flamengo e Palmeiras.

Escolaridade
Aumentou a parcela dos trabalhadores brasileiros com Ensino Superior. Já são 23,4%. É um avanço. Em 2023, era 22.9%. O número tem aumentado continuamente nos últimos 12 anos. Em 2012, por exemplo, era apenas 14,1%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), do IBGE.
Emendas
E quando as investigações sobre o Banco Master chegarem tão profundamente que começarem a encontrar alguns tostões de emendas parlamentares?! A coluna não irá se admirar!
Sem contar
Sem contar outro absurdo! O BRB não é um banco público? O rapazote no estilo “latin lover”, dono do Banco Master, não faz parte da patota que engrossa o coro contra os governos? Não é ele que tem retórica de inovação, agressividade e ousadia nas decisões financeiras?
Deveria
Já que é tão competente e “ousado”, deveria se manter longe da estrutura pública. Ou a “ousadia” dele já é velha conhecida da agenda de Brasília? Governos e empresas! É um namoro velho em qualquer lugar.
Arestas aparadas??
As aparências dizem que está tudo resolvido, mas ninguém do progressistas no Juruá esqueceu a manobra de Vagner Sales — que prometeu aliança, rompeu, lançou candidaturas e saiu derrotado na última eleição em Cruzeiro do Sul. Agora tenta voltar para as articulações como se fosse protagonista, mas a verdade é dura: retorna com o rabo entre as pernas, desacreditado, e sem espaço para repetir o mesmo golpe. Nos bastidores, a avaliação é unânime que, para enganar de novo, vai precisar de bem mais do que discursos ensaiados e sorrisos para foto.
Sucessão
A eleição da lista tríplice do MPAC expõe mais uma vez a liturgia silenciosa do cargo: vence quem conquista a corporação — e, quase sempre, quem o governador já esperava. A tradição de empossar o mais votado continua sendo a bússola não escrita do Palácio Rio Branco.

Mesmo patamar
A escolha de um nome para gerenciar o Ministério Público Estadual não é tarefa fácil. Escolher um bom entre os melhores, requer muitas reflexões. Oswaldo D’Albuquerque, Marcela Cristina Ozório e Álvaro Luiz Araújo Pereira estão todos no mesmo patamar e quem quer que seja que receba as bençãos do governador para o cargo, com certeza saberá defender tão importante instituição.
Os votos deles…
Os 49, 45 e 40 votos mostram um Ministério Público dividido, porém, sem rupturas. A disputa ficou equilibrada, revelando que nenhuma das correntes internas conseguiu hegemonia clara — algo raro na história recente da instituição.
Escala
O anúncio dos 66 hectares de sistemas agroflorestais no Antimary soa promissor, mas ainda é simbólico diante do passivo florestal nacional de 12 milhões de hectares. A vitrine é boa; o tamanho da prateleira, nem tanto.
Integração
O discurso de “ações conectadas” entre PRA, CAR e ASL revela um Acre que tenta organizar sua política ambiental por camadas. A teoria é ambiciosa, mas o sucesso depende de continuidade — algo que governos amazônicos raramente conseguem manter. Pelo menos o do Gladson Cameli não promoveu grandes deturpações nas políticas pró-carbono.
Comunidade
A fala da Funtac sobre renda com floresta em pé acerta na narrativa, mas esbarra na realidade de produtores que ainda dependem da derrubada para sobreviver. Mostrar alternativas é ótimo; viabilizá-las, outra história.

