Região Norte

Justiça aponta risco em Tabatinga e pede que júri do caso Bruno e Dom seja transferido para Manaus

Por
Terezinha Moreira

A Justiça Federal em Tabatinga decidiu enviar ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) um pedido para transferir para Manaus o julgamento dos acusados pelas mortes do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips. O júri, já pronto para ocorrer, envolve Amarildo da Costa Oliveira, Jefferson da Silva Lima e Oseney da Costa de Oliveira.


Bruno e Dom desapareceram em 5 de junho de 2022 durante uma expedição na Terra Indígena Vale do Javari, no oeste do Amazonas. Eles foram vistos pela última vez na comunidade de São Rafael, de onde seguiriam para Atalaia do Norte.


A decisão atende a um pedido do Ministério Público Federal (MPF), que defendeu o desaforamento — a mudança do local do júri — por entender que a realização do julgamento em Tabatinga pode colocar em risco a segurança dos participantes e comprometer a imparcialidade dos jurados.


Na mesma decisão, a juíza rejeitou pedidos da defesa para anular o processo e para anexar reportagens jornalísticas aos autos. Segundo ela, não há base legal para a anulação, e matérias da imprensa não têm valor probatório.


A Justiça também determinou que dois outros processos relacionados ao caso — um sobre organização criminosa e outro sobre ocultação de cadáver — sejam concluídos e reunidos ao processo principal, para que o julgamento ocorra de forma conjunta, evitando decisões divergentes.


Com o envio do pedido ao TRF1, caberá ao tribunal decidir se o júri será transferido para Manaus ou para outra unidade da Justiça Federal.


Compartilhe
Por
Terezinha Moreira