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Felipe Tchê cobra estudos de tráfego e vizinhança e pede que Plano Diretor seja votado apenas em 2026

Foto: Jardy Lopes
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O vereador Felipe Tchê (PP) usou a tribuna da Câmara Municipal nesta quarta-feira, 19, para abordar diversos temas, com destaque para a audiência pública realizada na semana passada sobre o Plano Diretor de Rio Branco. Segundo ele, o encontro foi “uma das audiências públicas mais importantes do ano”, reunindo representantes do Executivo, Procuradoria do Município, CREA, Universidade Federal do Acre, Ministério Público e parlamentares.


Tchê afirmou que o Plano Diretor, na forma atual, “ainda não é um plano consolidado” e não atende plenamente às necessidades da capital. Durante a audiência e em reuniões com instituições como Ufac, Fieac, Fecomércio e Cissa, surgiram várias recomendações que, segundo ele, serão encaminhadas à Prefeitura para revisão e melhorias.

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Vereador pede estudo de tráfego e alerta para impacto de novos empreendimentos


Entre as preocupações apresentadas, o vereador destacou a ausência de um estudo de tráfego atualizado, essencial para acompanhar o rápido crescimento urbano de Rio Branco. “Entre elas, eu tenho que tratar que nós estamos passando aqui para o Executivo avaliar a regulamentação do nosso estudo de tráfego, que hoje nós não temos. A nossa cidade cresce cada vez mais, a mobilidade urbana e a questão de infraestrutura são mais urgentes”, explicou.


Tchê citou como exemplo a construção de cerca de três mil apartamentos na principal avenida da cidade sem que haja ordenamento de trânsito e infraestrutura adequada. Ele também lembrou que rotatórias permanecem congestionadas e que os futuros viadutos, embora úteis, não resolverão todos os gargalos.


O parlamentar informou que irá solicitar que a Prefeitura e os órgãos de trânsito avali­em medidas técnicas e viáveis para garantir mobilidade urbana adequada à população.


Estudo de impacto de vizinhança é defendido como prioridade


Outro ponto enfatizado pelo vereador foi a necessidade de implementar o estudo de impacto de vizinhança, mecanismo já utilizado em cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Fortaleza.


Segundo ele, a verticalização e o crescimento acelerado de Rio Branco têm gerado problemas como:


sombreamento de residências causado por novos prédios;


instalação de bares em áreas residenciais;


pressão sobre vagas de estacionamento e fluxo viário;


sobrecarga em sistemas de drenagem, contribuindo para alagações recorrentes.


Tchê afirmou que tais impactos não podem mais ser ignorados e defendeu a regulamentação urgente do estudo para evitar danos à população.


Tchê pede que votação do Plano Diretor fique para 2026


O vereador relatou que pediu ao presidente da comissão, vereador Bruno Moraes, que o Plano Diretor não seja votado ainda este ano. Ele defende que a discussão seja estendida para 2026, permitindo mais audiências setorizadas e aprofundamento técnico, conforme recomendação do Ministério Público. “Fizemos essa reivindicação ao presidente Bruno, ele ficou de analisar, de tentar sensibilizar os demais pares, e eu faço agora um pedido — um apelo — a todos nós, a todos vocês, vereadores: que a gente tenha calma, que não nos precipitemos, que não antecipemos essa discussão. Que tratemos isso com total seriedade e com todo o zelo que o assunto demanda. Inclusive, foi uma reivindicação do Ministério Público aqui que façamos audiências públicas setorizadas. Não tem como exaurir uma discussão tão séria, tão complexa e tão específica de maneira genérica. Nós precisamos tratar isso com toda a seriedade que o assunto merece”.


Segundo Tchê, setores fundamentais da cidade — como a construção civil, representada pelo vereador Moacir — precisam ter mais participação na elaboração final do documento. “É preciso calma para que não falte segurança nem aos vereadores, nem aos moradores de Rio Branco”, declarou.


Reflexão sobre o Dia da Consciência Negra


Durante o discurso, Felipe Tchê também comentou o feriado de 20 de novembro, Dia da Consciência Negra. Ele destacou a importância da data como momento de reflexão e combate à intolerância, ao preconceito e à discriminação racial. “Nos colocarmos como um escudo contra a intolerância, contra o preconceito e também contra a discriminação. Então fica aqui o nosso reconhecimento a respeito da importância de amanhã: nós, juntos, de maneira uníssona, num coro só, entoarmos um brado contra a intolerância e contra o preconceito”.


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