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Oiapoque terá 85% de energia gerada pela hidrelétrica Salto Cafesoca

Por
Terezinha Moreira

Uma equipe técnica do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) vistoriou, na última semana, a Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Salto Cafesoca, em Oiapoque, que está em fase final de testes antes do início da operação comercial, previsto para dezembro.


Localizado às margens do rio Oiapoque, na fronteira com a Guiana Francesa, o empreendimento passou por inspeção eletromecânica para verificar o funcionamento dos sistemas elétricos e hidráulicos, em conformidade com os projetos, especificações e normas técnicas.


Os analistas também avaliaram ações ambientais executadas na fase de instalação, como recuperação de áreas degradadas, transplante de epífitas, monitoramento da fauna, supressão de vegetação e a construção de uma passarela para pedestres. Essas medidas foram definidas em setembro, quando o Ibama concedeu a licença de operação da usina.


A vistoria foi realizada por analistas ambientais da Coordenação de Licenciamento Ambiental de Hidrelétricas (Cohid), da Unidade de Exercício Descentralizado do Amapá e da Unidade Técnica de Oiapoque.


Com capacidade de 7,5 megawatts, a PCH Salto Cafesoca deve suprir grande parte da demanda de energia do município, hoje dependente de uma termelétrica. A estimativa é reduzir em cerca de 80% o consumo de óleo diesel usado nos geradores locais.


Segundo a empresa responsável, a usina usa apenas parte da vazão do rio, aproveitando o desnível natural da corredeira, sem necessidade de barragem ou represamento. A energia será transmitida até a subestação Oiapoque por meio de uma Rede de Transmissão de Média Tensão (RMT) de aproximadamente 9,4 quilômetros.


O projeto prevê que a PCH atenda 85% do consumo de energia da população. A geração térmica ficará como complemento em situações de pico, períodos de seca ou durante a manutenção da usina.


O Ministério Público acompanha a execução do plano de ação apresentado pela empresa para mitigar impactos nas comunidades Prainha I, Prainha II e Varador.


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Terezinha Moreira