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Manoel Moraes reforça confiança na inocência de Gladson após decisão do STF

Por
Marcos Venicios

Em entrevista ao Boa Conversa – Edição Aleac, o deputado estadual Manoel Moraes (Progressistas) saiu em defesa do governador Gladson Cameli ao comentar nesta terça-feira, 18, a decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu o julgamento da Ação Penal 1.076, um dos desdobramentos da Operação Ptolomeu.


A medida, tomada após a defesa de Cameli alegar direcionamento da investigação pela Polícia Federal, reacendeu o debate sobre a legalidade dos procedimentos que embasam a denúncia. A defesa aponta a ausência de formulários SEI-C, documentos exigidos pelo STF para comprovar formalmente a solicitação de Relatórios de Inteligência Financeira (RIFs) ao COAF, como indício de irregularidades.


Ao comentar o caso, Manoel Moraes afirmou que atitudes como a do governador, de recorrer aos tribunais superiores, fazem parte do exercício legítimo do direito de defesa. “Então, o governador se sentiu que não estava sendo ouvido. E ele recorreu ao Supremo Tribunal para questionar as questões legais. Essa questão de justiça. Primeiro com a justiça. Depois com os advogados. E nós que estivermos envolvidos, o governador tem que buscar seus direitos”, pontuou.


“Eu te digo uma coisa, Marcos. Eu tive três problemas. Tive um aqui na Assembleia. Disseram que eu tinha desviado milhões. Nunca desviou um centavo com a minha assinatura. Depois botaram o Manoel Móveis. Disseram que era o Manoel Moraes. Saiu até no Jornal Nacional. E teve aquela que você acompanhou, que envolveu minha família. Que eu tive de passar um mês. Onde uma merenda saía por 20 centavos, que não é o preço do café. E o cara dizendo que eu tinha desviado 20 milhões. Onde tudo o que gastaram é 17. Onde levaram o documento para casa. Onde fizeram escutas ilegais. E investigaram eu que não podia. Então, existe, felizmente, esse tipo de coisa, E se o governador se sentir, ele tem que buscar. E tem que buscar a sua inocência. Nós continuamos confiando na inocência do governador. E a justiça. São tribunais. Então, para isso é que existem tribunais superiores. E tenho certeza que vai dar certo. E o governador vai continuar governando o nosso Acre. Com muito cuidado e muito respeito”, acrescentou.


A decisão de Gilmar Mendes obriga Ministério Público Federal, COAF e Polícia Federal a juntarem aos autos os formulários que comprovariam a legalidade dos relatórios financeiros utilizados na denúncia. Somente após esse procedimento e o prazo mínimo de 15 dias a nova sessão do STJ poderá ser remarcada.


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Marcos Venicios