O debate sobre a possível remoção das famílias da região do Papoco segue cercado de divergências e desgaste político. Um ponto que chamou atenção nos bastidores foi a ausência da Defesa Civil municipal na audiência pública realizada na última semana. O coordenador Cláudio Falcão não recebeu convite para participar do debate. É o que dizem os interlocutores.
Outro assunto que gerou descontentamento entre moradores e lideranças estudantis foi a decisão da RBTrans, por meio da prefeitura, de não conceder gratuidade no transporte público para os inscritos no Enem 2025. Em anos anteriores, o passe livre foi garantido em Rio Branco. Talvez seja porque não é ano eleitoral.
Nenhum dos vereadores que votaram contra a concessão do título ao secretário Eracides Caetano demonstrou arrependimento. Pelo contrário: nos bastidores, comenta-se que todos estão dispostos a repetir o voto caso a proposta seja reapresentada. O clima segue firme e sem recuos na base de Bocalom.
A eleição de 2026 já começou — pelo menos dentro do Iapen-AC. A disputa interna promete ser acirrada entre Arlenilson Cunha e Eden Azevedo. Nos corredores, as conversas são diretas: mesmo com mandato e estrutura, Arlenilson corre risco de não se reeleger, segundo colegas que afirmam que ele não teria cumprido acordos de campanha e teria mudado de postura após assumir o cargo. Enquanto isso, Eden Azevedo ganha apoio interno e é visto por servidores como um nome mais alinhado às demandas da categoria. Resta saber se ele terá estrutura suficiente para sustentar a campanha. Uma coisa é certa: a disputa será intensa. E um recado ecoa entre os servidores — “se cuida, Arlenilson; gratidão não se cobra depois do mandato”.
Governo do Acre mexe em uma casa de caba se insistir em construir estradas para o Peru rasgando metade de Marechal Thaumaturgo. São diversas áreas de conservação, terra indígena, parque nacional, reserva extrativista.
O desafio é olhar para o mapa de Marechal Thaumaturgo e se autodesafiar: “eu não posso olhar esses espaços de reservas e parques como um engessamento para tornar essa floresta produtiva e sustentável para ela e para o povo que mora nela. O que devo fazer?”
Passada a euforia do Trio Emedebista da Câmara de Vereadores de Rio Branco, a coluna faz uma observação chamando a atenção do leitor: o que os vereadores têm feito é o típico exemplo do denuncismo. Uma forma populares, apelativa, com a denúncia pela denúncia. Uma hora tem-se um problema; em outra hora já se tem outro sem se apurar direito. Isso, no fim da linha, pode desqualificar o trabalho da oposição. É um trabalho necessário, sobretudo em uma gestão tão fraca.
Ficou estranho o silêncio da Federação da Agricultura e Pecuária em relação aos dados do PIB de 2023. O setor da agropecuária teve um papel fundamental no desempenho acreano. Por que o silêncio?
Ainda vai ter show do Roberto Carlos no Acre? Com a palavra, o governo!
A cidade amanheceu no modo sertão: caminhão-pipa prometido desde cedo, mas segue desaparecido como se tivesse evaporado junto com a água. Os contatos que deveriam socorrer estão todos lotados, como se a seca fosse agenda oficial. Enquanto isso, moradores improvisam banhos e esperam por um milagre líquido.
Um partido que anda sendo paparicado para somar na eleição de 26 resolveu mirar na terceira maior pasta do Governo, afinal, já que estão puxando sua cadeira, por que não pedir logo a mesa inteira? O problema é que a disputa promete ser digna de novela das 21: ninguém quer largar o osso, muito menos entregar a chave da pasta sem um bom drama antes.