Melhor com ela que sem ela, até porque, seus erros e acertos têm suas autorias identificadas.
Se uma notícia for tornada pública, via TV-Globo, SBT, Record, Bandeirante e TV-Cultura ou através dos jornais: Folha de São Paulo, Estadão, O Globo e o no Correio Brasiliense, para aceitá-las ou contestá-las, de antemão saberemos a quem nos dirigirmos.
Como os veículos acima citados compõem o que a maioria da nossa população costuma denominar de grande imprensa. Por várias vezes, eu mesmo, tenho discordado das suas surpreendentes conclusões, afinal de contas, a função da imprensa é dar divulgação aos fatos e não impor e alimentar as suas próprias convicções.
Assuntos de ordem política, religiosa e de costumes, entre outros, as preferências de uns não deveriam insultar as dos outros. A própria liberdade, o mais legítimo direito dos cidadãos que vivem sob a égide do regime democrático, não pode ignorar a liberdade dos outros. Bem dizia Simone de Beauvoir, em linha com John Stuart Mill “Minha liberdade termina quando começa a do outro”.
Lamentavelmente, no nosso país, politicamente, nada de bom e útil se produzirá com exclusividade, e a provar, basta que avaliemos o grau de radicalização a que ora nos encontramos. Pior ainda: a mesma tem como referência dois mortais, cujas identidades sequer precisamos realçá-las. Volto ao exemplar filósofo, Bertolt Brecht, autor da seguinte expressão: “maldito é o país que precisa de heróis”.
Se há quem reclame da parcialidade e do partidarismo da nossa chamada grande imprensa e buscam, através das nossas redes sociais, contraporem-se com suas verdades ou inverdades, e de forma ainda mais espalhafatosa, por certo, só estarão contribuindo com o empobrecimento da nossa já precaríssima cultura política.
Repito: se as nossas redes sociais não forem devidamente regulamentadas, ao invés da liberdade de manifestação passaremos a viver num ambiente político em que prevalecerá o troca-troca de acusações. Os nossos representantes políticos, até mesmo os mais honrados, assistem seus nomes lançados no lamaçal da corrupção.
A maioria dos nossos blogueiros só tem compromisso com àqueles que os renumeram. De graça não se movem. Para eles, não há limites, nem mesmo nos seus ambientes familiares, ainda que suas vítimas venham ser diretamente atingidas: esposo, esposa, filhos e filhas.
Nas nossas próximas eleições, tanto os radicais da extrema direita, quanto os da extrema esquerda, continuarão ampliando os seus exércitos de blogueiros, e com um único propósito: tentar desmoralizar todos os demais candidatos, excetos àqueles que os financiam.