A vereadora Sofia Andrade (PL) anunciou que apresentará uma indicação na Câmara Municipal de Porto Velho para que o prefeito Léo Moraes (Podemos) adote ações voltadas à identificação e retirada de pessoas em situação de vulnerabilidade que chegam à cidade sem emprego ou moradia. A proposta veio a público após a divulgação de trechos de discursos, áudios e vídeos da parlamentar em redes sociais e veículos locais.
Em plenário, Sofia defendeu que o município identifique pessoas que chegam “sem destino definido” e ofereça retorno às cidades de origem quando não houver local para permanecer ou oportunidade de trabalho. Áudios atribuídos à vereadora sugerem medidas de caráter punitivo e até retirada forçada dessas pessoas, o que gerou ampla repercussão nas plataformas locais.
A parlamentar citou como exemplo ações recentes da prefeitura de Florianópolis, que instalou um posto de atendimento na rodoviária para encaminhar pessoas em situação de rua e promover o retorno de algumas delas às cidades de origem. A iniciativa motivou apurações do Ministério Público e da Defensoria Pública de Santa Catarina por possível violação de direitos fundamentais, como o direito de ir e vir.
Em suas manifestações, Sofia Andrade também criticou imigrantes — especialmente venezuelanos — que pedem dinheiro em semáforos de Porto Velho, acusando-os de usar crianças e estimando arrecadação diária de até R$ 300 por pessoa. Em áudios divulgados, ela afirma querer organizar uma ação municipal para “ir à caça” desses grupos.
A vereadora se apresenta como empresária de uma empresa com capital social de R$ 1 mil. Dados públicos da Câmara indicam que ela não nasceu em Porto Velho: é natural de Cacoal (RO), onde nasceu em 11 de setembro de 1990, e informa ter ensino médio completo.