Foto: David Medeiros
O artista plástico Raimundo Ribeiro Mendes, mais conhecido no meio artístico como DIM, inaugurou nesta quinta-feira, 13, uma exposição de arte em tela no Palácio das Secretarias, em Rio Branco (AC). A mostra, intitulada “Cores da Amazônia”, reúne diversas obras que retratam a natureza, a cultura e o cotidiano acreano, com inspiração no tema da COP 30, a conferência internacional sobre mudanças climáticas que será realizada em Belém (PA).
O artista explicou que esta é a segunda versão da mostra, após a primeira ter sido apresentada no Tribunal de Contas do Estado (TCE). “Bom dia a todos. Essa minha exposição retrata a Amazônia e o Acre. Eu já fiz a segunda versão aqui no Seplan, a primeira foi lá no TCE, Tribunal de Contas do Estado, aí me convidaram para me fazer aqui no TCE. São releituras de artistas famosos como Van Gogh. Tem Reflexão, tem um quadro de Jesus Cristo, tem muita versão aqui. Aí eu militei na imprensa acreana durante anos, como chargista e como diagramador. Agora eu estou me dedicando às artes plásticas”, contou DIM.
Uma das obras que mais chamou atenção do público foi “Noite Estrelada na Gameleira”, releitura local do clássico de Van Gogh. “É porque eu queria trazer os artistas clássicos para o Acre. Aí então eu pensei: como é que eu vou trazer os artistas clássicos para o Acre? Aí eu trouxe através da pintura. Eu fiz uma paisagem acreana com a técnica do Van Gogh”, explicou o artista.
Questionado sobre a relação de suas obras com a preservação ambiental e a COP 30, DIM reforçou o papel da arte como reflexão sobre a Amazônia. “Eu usei a paisagem amazônica como preservação e usei também os índios do Acre, os Huni Kuin, para as pessoas do Acre refletirem sobre a preservação da Amazônia”, ressaltou.
Entre os quadros expostos está também “O Acre visto de cima”, inspirado em cenas históricas da capital. “Essa tela aqui é uma reprodução colorida que ela era preto e branco. Aquela rua ali é do Tecidos Cuiabá, e tem aqui a manduquinha, que era a polícia do Acre antigamente. Aí, pra relembrar o passado, eu fiz a manduquinha”, disse o artista.
Foto: David Medeiros
Outro destaque é a obra “A Ceia em Emaús”, que traz um detalhe inusitado e simbólico: “É, a Ceia em Emaús tem uma fruta que eu consegui botar aqui, que é da Amazônia, é tipicamente acreana, brasileira. É o mamão, que nasce em todo canto. O mamão é uma fruta que nasce até no quintal. Aí eu botei o mamão pra simbolizar a Amazônia”, ressaltou.
O artista, natural de Tarauacá e com 61 anos, encerrou a entrevista convidando o público a visitar o espaço. “Eu convido as pessoas que não gostam e as pessoas que gostam de arte, para prestigiar a minha exposição, porque a arte fala muito. A arte fala muito, e você vem aqui e observa. Os quadros estão dispostos à venda, mas não paga nada pra entrar, pra ver”, finalizou.
A exposição “Cores da Amazônia” segue aberta ao público no Palácio das Secretarias, no centro de Rio Branco.