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O prefeito de Feijó, Railson Ferreira (Republicanos), afirmou em entrevista ao ac24horas na manhã desta segunda-feira, 10, que a exoneração de seu marido, Willian Barbosa Bezerra, do cargo em comissão que ocupava no Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), foi motivada por perseguição política.
Segundo o gestor, a decisão do governo foi uma retaliação direta à sua presença no evento de filiação do senador Alan Rick ao Republicanos, realizado no último sábado (8). “A exoneração foi um ato de retaliação, de perseguição, pelo simples fato de eu ter ido à filiação do senador Alan Rick no Republicanos, que é o meu partido. Eu não tinha como deixar de ir, é um ato partidário do meu partido”, afirmou Railson.
Questionado sobre como ficará a relação com o Governo do Estado após o episódio, o prefeito disse esperar que as ações institucionais sejam mantidas, apesar do que considera um ato de retaliação. “As relações, elas são institucionais, elas estão acima de qualquer interesse privado, de qualquer ato próprio e particular. Então, no que couber ao governo, eu espero que continue com as ações. Não sei se continuarão, tendo em vista esse ato de perseguição”, declarou.
O prefeito foi ainda mais enfático ao citar o secretário de Governo, Luiz Calixto, a quem chamou de “extremamente perseguidor”. “Não acredito nisso [fala do Calixto em relação à continuação da parceria institucional entre Governo e Prefeitura]. O Calixto é extremamente perseguidor. Mas foi uma retaliação, foi. Eu ainda não conversei com o governador sobre esse ato. Agora me gera estranheza o governador ter concordado com uma coisa tão vil quanto essa. Uma vez que ele é governador, minimamente ele deveria ter ciência desse ato irresponsável e totalmente terrorista no cenário de uma democracia”, disse.
Railson também defendeu o desempenho profissional do marido e criticou o que chamou de privilégios dentro do governo. “O meu marido, ele trabalha, cumpre o horário, faz as ações, coisa que aliados do governo simplesmente recebem sem trabalhar. Quero dizer que eu estou em paz, estou tranquilo e que a minha dedicação, o meu trabalho é com o meu povo, que eu fui eleito pelo povo. Eu não tive ajuda de governo, pelo contrário, a máquina do governo e da prefeitura foram contra a minha candidatura e o povo me deu esse mandato com a maior votação histórica do meu município”, ressaltou.
O prefeito destacou ainda que sua gestão tem aprovação popular e reafirmou o compromisso de continuar trabalhando por Feijó. “A minha aceitação está muito boa, graças a Deus. Foram feitas três pesquisas e eu estou muito bem avaliado pelo meu povo. E o que eu tenho a dizer é que eu vou continuar trabalhando incansavelmente pela minha população, por isso que eu fui eleito. Mas, de novo, estranheza no cenário de uma democracia. Um cenário onde as coisas não deveriam ser a ferro e fogo”, completou.
Railson também revelou que mantém cerca de 18 cessões de servidores municipais à disposição do governo, mas ainda não decidiu se pretende revogá-las após o episódio. “Eu tenho pelo menos 18 cessões para o governo. Eu nunca pensei em retirá-las. Eu ainda não pensei sobre isso [ao ser questionado se revogaria as 18 cessões]”, finalizou o prefeito.