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João Marcos diz a moradores do Papoco que bairro Rosalinda é tranquilo: “família serão removidas em até 90 dias”

Por
Saimo Martins

Durante a audiência pública realizada nesta segunda-feira, 10, na Câmara Municipal de Rio Branco, o secretário municipal de Assistência Social, João Marcos Luz, rebateu as críticas dos moradores da região do Papoco, que afirmaram ter medo de deixar o local e mudar para o bairro Rosalinda, no Segundo Distrito, por conta de conflitos entre facções criminosas.


Segundo o secretário, o Rosalinda é uma área tranquila, e a questão da segurança deve ser tratada exclusivamente pela Secretaria de Segurança Pública do Estado.


“Olha só, eu já disse, quando fui questionado em relação a isso, que esse estudo é socioeconômico. A região do Rosalinda é aparentemente tranquila. Quem pode dizer detalhadamente sobre segurança é a Segurança Pública. Nós estamos querendo levar dignidade às pessoas. Agora, quem disser que é de facção — e for de facção mesmo — tem que ser preso na hora, porque faz parte do crime, e nós não podemos compactuar com isso”, afirmou.


João Marcos destacou que a ação da prefeitura tem como objetivo oferecer moradia digna e, ao mesmo tempo, reduzir problemas de criminalidade no centro da cidade. “Eu acho que essa ação da Prefeitura de Rio Branco, além de levar dignidade às pessoas, vai também resolver um grande problema no centro da cidade, que é a criminalidade. Esses dias eu mostrei onde era a antiga GR Eletro, em frente ao Memorial dos Autonomistas. Lá ficam uns 15 ‘malandros’ que não são referenciados. Cadê a polícia? Guarda municipal não resolve — é caso de polícia”, disse.


O secretário também defendeu o retorno da Companhia de Operações Especiais (COE) ao Acre. “Eu, como cidadão de Rio Branco, gostaria que voltasse a COE, porque ali é caso de polícia, não é caso de assistência social nem de direitos humanos. Direitos humanos é para pessoas direitas. Nós vamos continuar com esse debate e com a disposição de ajudar quem mais precisa”, ressaltou.


De acordo com João Marcos, a prefeitura espera concluir o processo de reassentamento em até 90 dias. “Eu espero que, em 90 dias, a gente consiga terminar esse debate e também solucionar. Dependemos de algumas questões, principalmente na área de infraestrutura e habitação. Queremos encerrar nos próximos 60 dias”, afirmou.


Questionado se o Rosalinda seria a única opção para as famílias, o secretário explicou que as primeiras casas prontas estão localizadas naquela região.


“As primeiras casas que estarão prontas serão no Rosalinda. Temos problemas na Sapolândia, no Hélio Melo e na 6 de Agosto, mas o Papoco é prioridade. O prefeito Bocalom já decidiu: quando viu o relatório, disse que isso é uma questão urgente. No total, são 1.804 casas — muita gente será beneficiada, inclusive pessoas em situação de rua”, disse.


João Marcos também esclareceu as dúvidas sobre o cadastramento das famílias. “As pessoas que têm aparecido na imprensa para falar não estão morando em área de risco. Elas vivem no Dom Giocondo, na rua Piauí, que não será atingida. As famílias que foram ouvidas e cadastradas estão em outra área. Nós queremos conversar com essas pessoas que realmente serão beneficiadas”, explicou.


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Saimo Martins