O painel de acompanhamento de registros do Ministério Público do Acre (MPAC) revela um cenário persistente de ocorrências envolvendo armas de fogo no estado. Entre janeiro de 2020 e outubro de 2025, foram 9.001 registros classificados como porte ou posse ilegal de arma de fogo, disparo de arma, arma encontrada ou simulacro.
Apesar do alto número de ocorrências, o total de armas apreendidas (2.607) no mesmo período representa menos de 30% dos registros, evidenciando uma diferença expressiva entre os casos investigados e o número de armamentos efetivamente retirados de circulação.
Crescimento até 2023 e queda em 2024
A série histórica mostra que, após um aumento contínuo entre 2020 e 2023, o Acre registrou uma redução em 2024.
• 2020 – 1.557 ocorrências;
• 2021 – 1.670;
• 2022 – 1.767;
• 2023 – 1.821;
• 2024 – 1.217;
• 2025 (jan–out) – 969.
A queda verificada a partir de 2024 pode estar associada à intensificação de ações policiais e campanhas de desarmamento, mas os dados de 2025 indicam uma possível retomada, já que outubro foi o mês com o maior número de registros do ano (156 ocorrências).
Rio Branco concentra maioria dos casos
Entre os municípios acreanos, Rio Branco responde por 64,4% das ocorrências de 2025, com 624 casos. Veja a lista completa:

Foto: MPAC/reprodução
Armas apreendidas e calibres mais comuns
O número de armas retiradas de circulação ainda é modesto diante do volume de ocorrências. Entre 2021 e 2025, a média anual de apreensões ficou em torno de 520 armas, com tendência de queda: 2021 – 623; 2022 – 564; 2023 – 525; 2024 – 513; 2025 – 383.
Os calibres mais apreendidos foram:
• .38 – 447 armas;
• .22 – 392 armas;
• .28 – 320 armas.
O MPAC também registrou 4 fuzis apreendidos no período (um em 2022, dois em 2023 e um em 2025) e 13 metralhadoras, em sua maioria de calibre 9mm. Outro dado que chama atenção é o de 13 granadas apreendidas, sendo 12 em Rio Branco e uma em Brasiléia, o que reforça a presença de armamentos de uso restrito em contextos urbanos.


















