Quando iniciei a minha participação política me filiei ao PDS, presentemente, ao hoje PP.
Em 1982 me elegi deputado estadual, e em 1986, deputado federal, filiado ao PDS. Acontece que, por ter sido considerado e amplamente divulgado como um filhote da ARENA, o PSD pagou um altíssimo preço, o principal deles, o partido que havia dado sustentação política à ditadura que se instalara no nosso país no ano de 1964.
De outro lado, o MDB, capitaneado pelo saudoso Ulisses Guimarães, ganhou fama e prestígio em razão da sua luta, em favor da nossa democracia e contra a referida ditadura.
Quando veio às eleições de 1986, de forma acachapante, como se diz na gíria, eleitoralmente, o MDB fez barba cabelo e bigode, posto que, para além de contar com a maioria dos nossos governadores e dos nossos senadores, elegeu a maioria absoluta dos nossos deputados federais.
Entretanto, e a verdade seja dita, o MDB não soube cuidar e manter a maioria absoluta que havia conquistado e deixou-se esvair, justamente, por não ter instituído uma legislação político-partidária, coerente com as mais exemplares democracias do mundo, e como consequência, adveio a nossa fragmentação partidária.
A partir de então, criar partidos políticos e trocar de um para outro, no nosso país, virou moda. A propósito, basta que lembremos as eleições de dois dos nossos ex-presidentes: Fernando Collor de Melo e Jair Bolsonaro, ambos eleitos pelos já mortos e sepultados PRN e PSL.
Nas eleições de 1989, a primeira após o nosso longo fastio democrático, Ulisses Guimarães, Mário Covas e Leonel Brizola, sequer conseguiram chegar ao 2º turno da referida disputa, e está por sua vez, veio ser disputada pelos candidatos Fernando Collor, do PRN, e Luís Inácio Lula do recém criado PT.
Das eleições de 1989, restou uma única certeza, embora pouco respeitada no nosso país, ao invés de prestarem-se como escola, os nossos partidos políticos vêm se prestando para atender as mais absurdas conveniências dos nossos representantes políticos.
Em relação ao hoje PP, guardo as minhas melhores lembranças, isto graças a sua coerência, já que soube resistir às pressões que sofrera, sem se desvirtuar dos seus originários princípios.
Embora ausente do dia a dia da nossa atividade político-partidária, confesso que me senti plenamente gratificado quando na comemoração os 60 anos do PP, o meu nome e o da minha querida Celinha, serem lembrados pela contribuição que havíamos dado ao hoje bastante fortalecido PP acreano.
Por último, meus sinceros agradecimentos ao PP.









