Integrantes da alta cúpula do Comando Vermelho (CV) com atuação na Amazônia estão pagando valores que variam de R$ 50 mil a R$ 150 mil por mês para se refugiar em comunidades controladas pela facção no Complexo da Penha e no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. As informações são de relatórios de inteligência obtidos com exclusividade pelo Estadão.
O valor inclui o “aluguel” dos esconderijos e até escolta armada para garantir a segurança dos foragidos e evitar ações policiais. Segundo a apuração, criminosos de outros estados — como Pará e Ceará — também adotam a mesma estratégia, mantendo o comando de suas quadrilhas à distância, em uma espécie de “home office do crime”.
Os complexos do Alemão e da Penha, redutos do Comando Vermelho, também abrigam treinamentos de tiro e articulações internas entre faccionados de diferentes regiões do país.
“Chamamos lá (Penha e Alemão) até de ‘condomínio do crime’”, afirmou ao Estadão o secretário de Segurança do Amazonas, Marcus Vinícius Almeida. “O Comando Vermelho no Amazonas tem 13 líderes. A informação que temos é de que os 13 estão na Penha ou no Alemão.”


















