Foto: Sérgio Vale/ac24horas
O programa Exporta Mais Amazônia, promovido pela ApexBrasil, realiza nesta segunda-feira (3), em Rio Branco, mais uma edição voltada à valorização dos cafés produzidos na região. O evento conta com uma sessão de cupping — degustação técnica internacional — no Restaurante Mata Nativa, onde especialistas analisam os atributos sensoriais dos cafés, etapa fundamental para ampliar o acesso a novos mercados e atrair compradores globais.
A reportagem do ac24horas Play acompanhou o evento, que tem foco no café robusta produzido no Acre. Em entrevista, Carmen Lúcia, conhecida como Ucha, presidente da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), destacou a relevância do encontro.
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“É uma satisfação representar a associação como presidente e produtora. Lá em Minas Gerais, o meu trabalho é mais voltado para os arábicas, mas é uma alegria estar aqui. Os robustas do Acre entregam perfis sensoriais únicos, encantadores, impactantes. Quando você prova, pensa: ‘o que é isso?’. Esses são os cafés especiais do Brasil”, afirmou.
O presidente da Cooperativa de Café do Juruá (Coopercafé), Jonas Lima, ressaltou que o evento é uma ferramenta estratégica para impulsionar a cafeicultura acreana e abrir portas para o mercado internacional. “Estamos construindo um novo caminho. Precisamos vender o café não apenas dentro do Brasil, mas também para o exterior. Esse evento é internacional e mostra o potencial do nosso produto”, disse.
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Segundo ele, a colheita de 2025 superou 10 mil sacas de café, com estimativa de mais de 25 mil sacas produzidas na região do Juruá.
O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, destacou a importância do café para a economia nacional e afirmou que o Acre vive um momento desafiador, mas com oportunidades de crescimento por meio da agricultura sustentável e das exportações. “Como presidente da Apex, tenho trabalhado com a Associação Brasileira da Indústria de Café. Onde o presidente Lula vai, levamos os setores produtivos. O café é símbolo: a cada três xícaras consumidas no mundo, uma é do Brasil”, disse Viana.
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Ele anunciou o lançamento do “Oscar do Café Especial”, com foco nas variedades arábica e canephora (robusta), destacando que a iniciativa pode multiplicar o valor de mercado das sacas. “Isso vai ter uma repercussão enorme e permitir que os produtores ganhem cinco a seis vezes mais por saca. Também estamos lançando um curso de provadores de café, em parceria com a Embrapa, que deve começar em fevereiro do ano que vem”, acrescentou.
O concurso internacional deve envolver mais de R$ 5 milhões em investimentos, dentro de um convênio de R$ 20 milhões firmado pela ApexBrasil para fomentar o setor cafeeiro amazônico.
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Viana também explicou que o evento traz empresários e compradores internacionais para conhecer os cafés do Acre e fechar futuras parcerias comerciais. “O que vai acontecer aqui é que os produtores acreanos que encantarem os degustadores vão ganhar novos clientes. Temos empresários dos Estados Unidos e de outros países interessados nos nossos cafés”, afirmou.
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