Foto: Kennedy Santos
O primeiro Dia de Finados sem a presença da mãe foi de profunda emoção para Rosemir, que passou a manhã deste domingo (2) no Cemitério São Francisco Xavier, em Senador Guiomard, onde ela foi sepultada. Sentado ao lado do túmulo, ele acendeu mais de vinte velas em homenagem à mulher que, segundo ele, foi o exemplo de força e dedicação em sua vida.
A mãe de Rosemir faleceu em fevereiro deste ano, aos 83 anos, vítima de pneumonia. Lavadeira por décadas, criou os filhos sozinha, saindo de casa ainda de madrugada e voltando apenas ao fim da tarde.
“Ela se dedicou muito a nós, para não deixar faltar nada. Muitas vezes deixava de comer para dar pra gente. Acordava às seis horas da manhã para lavar roupa, usava aqueles ferros a carvão. Minha mãe sempre foi uma pessoa digna”, contou, entre lágrimas.
Com a voz embargada, ele relembra a cumplicidade que tinha com a mãe e o quanto sente falta da presença dela no dia a dia. “É o primeiro Dia de Finados que eu passo sem ela. É difícil, uma dor que nunca vai passar”, desabafou.
Rosemir também lamenta não ter retomado certos gestos de carinho interrompidos durante a pandemia. “Na época da pandemia parei de beijá-la e de pedir a bênção, e me arrependo de não ter continuado depois”, contou emocionado.
Ao encerrar a visita, ele deixou um conselho simples, mas carregado de significado. “Quem tem sua mãe, cuide. A saudade é uma dor que não passa”.