É tranquila a movimentação nos cemitérios de Cruzeiro do Sul pela manhã neste domingo (2) de Dia de Finados. No Cemitério São João Batista, região central da cidade, há menos visitantes e no Jardim da Paz, na estrada Nova Olinda, mais pessoas homenageiam os entes queridos que já faleceram. Nos dois há comércio de velas, água e outros itens, como cerveja gelada.
No São João Batista, o aposentado Raimundo Lima dos Santos, 63 anos, visitou o túmulo do pai e realizou mais uma limpeza no local. Ele diz que até morrer vai homenagear o pai no túmulo. “Quando ele era vivo, eu ia três, quatro vezes por dia na casa dele. Às vezes, no dia que eu não tinha muito tempo, eu ia uma vez. Aí, assim, a gente nunca esquece. Ele só tem eu de filho, enquanto eu estiver aqui na terra, eu estou fazendo essa limpeza e acendendo vela para ele”, contou.

No Cemitério Jardim da Paz, onde estão enterradas as vítimas da COVID 19, do acidente aéreo da Rico em 2002 e o ex-governador Orleir Cameli, o número de pessoas é maior. Dona Cidalia Lima acendeu velas para o marido, morto há 15 anos. “Eu acendo vela para ele aqui e em casa também”.
Cruzeiro do Sul tem 10 cemitérios
O coordenador da Limpeza Urbana de Cruzeiro do Sul, Fábio Novo, diz que a prefeitura fez a manutenção e limpeza em 10 cemitérios da cidade e das vilas do município.

Entre os cemitérios urbanos estão o Jardim da Paz, o São João Batista, além do cemitério desativado do Mohan, situado no bairro do Remanso, e dois na comunidade Passo Fundo. Na zona rural, há cemitério nas vilas.
Bispo cita a importância da vida
Na mensagem pelo Dia de Finados, o bispo da Diocese de Cruzeiro do Sul, Dom Flávio Giovenale, faz uma reflexão sobre o Dia de Finados e a vida. Diz que a vida é curta, mas não pode ser pequena.
“Neste final de semana, nós estamos lembrando os nossos finados. Tem pessoas que dizem o seguinte, muito sabiamente, que a vida é curta, mas não pode ser pequena. Nós não sabemos quantos anos vamos viver, se poucos ou muitos. Mas sabemos que cada dia tem que ser vivido intensamente, não simplesmente deixado passar. Então que Deus ajude todos nós neste final de semana em que refletimos sobre todos os santos e finados a nos dizer: eu quero viver, mas não viver de qualquer jeito. Não fingir de viver, eu quero viver intensamente para que a minha vida e também o meu falecimento possam ser significativos para os outros. Que Deus abençoe os finados e abençoe a todos nós. Amém”, concluiu.


















