O Acre registrou uma das maiores reduções no desmatamento da Amazônia em 2025, com queda de 27,62% em comparação ao ano anterior, segundo dados divulgados nesta quinta-feira, 30, pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O levantamento faz parte do sistema Prodes, que monitora a perda de vegetação nativa na região.
O resultado coloca o estado entre os destaques da Amazônia Legal, atrás apenas de Tocantins (redução de 62,5%) e Amapá (48,15%). O avanço é atribuído às ações de fiscalização ambiental e aos investimentos federais em políticas de controle do desmatamento e prevenção de queimadas.
De agosto de 2024 a julho de 2025, a Amazônia perdeu 5.796 km² de floresta, uma redução geral de 11,08% em relação ao período anterior. O Cerrado também apresentou melhora, com queda de 11,49%. Desde 2022, o governo federal estima que foram evitadas 733,9 milhões de toneladas de CO₂, o equivalente às emissões anuais somadas da Espanha e da França.
O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) destacou que o Acre recebeu R$ 21,7 milhões em recursos não reembolsáveis do governo federal para o combate a incêndios florestais. O montante integra o pacote de R$ 405 milhões destinados aos nove estados da Amazônia Legal. Além disso, municípios acreanos participam do programa União com Municípios (UcM), que promove ações conjuntas entre governos locais e a União.
Segundo o MMA, os municípios prioritários que integram o programa tiveram queda média de 65,5% no desmatamento. Entre as ações implementadas no Acre e em outros estados amazônicos estão o reforço da fiscalização do Ibama e ICMBio, o uso de tecnologia de monitoramento via satélite, e o fortalecimento de brigadas de combate a incêndios.