Ao menos 32 dos alvos da operação policial realizada nesta terça-feira (28), nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, são oriundos do Pará, segundo informações da Polícia Civil do Rio de Janeiro, divulgadas pelo portal Estadão. A ação resultou em mais de 80 prisões.
De acordo com as investigações, os paraenses estariam ligados ao Comando Vermelho (CV) e teriam se mudado para o Rio para fugir de crimes cometidos em outros estados, acabando por integrar o tráfico local.
A operação, marcada por cenas de confronto intenso, evidencia o avanço do crime organizado no país e as dificuldades do poder público em conter o narcotráfico, cujos efeitos violentos se estendem de grandes centros urbanos a áreas indígenas da Amazônia.
A Polícia Civil do Pará informou que os mais de 30 investigados do estado são suspeitos de comandar a criminalidade à distância. Ainda não há confirmação sobre quantos deles estão entre os presos.
Nos últimos anos, o Pará tem registrado o fortalecimento das facções criminosas. Enquanto o Amazonas é considerado a porta de entrada das drogas, o território paraense funciona como um “corredor de exportação” da cocaína vinda do Peru e da Colômbia.
O aumento da violência no estado é atribuído principalmente à expansão do Comando Vermelho, dominante na região metropolitana de Belém, e do Primeiro Comando da Capital (PCC), que tem buscado alianças com facções menores no sul do estado.
Origem dos traficantes identificados pela polícia no Rio:
• Acre: 7
• Alagoas: 8
• Amapá: 5
• Amazonas: 21
• Bahia: 18
• Ceará: 10
• Mato Grosso do Sul: 2
• Paraná: 2
• Rio Grande do Norte: 1
• Pará: 78