O Corpo de Bombeiros de Cruzeiro do Sul está realizando curso de especialização e reciclagem de guarda-vidas civis com 27 participantes. As atividades tiveram início nessa terça-feira, 28 e prosseguem até sexta, 31, com aulas ministradas na piscina da corporação, no Sesc e outros pontos.
Participam da capacitação guarda-vidas iniciantes e outros que estão fazendo reciclagem. O curso tem a validade de dois anos e é fundamental para a região onde há muitos balneários, como o Igarapé Preto, muito frequentado por pessoas do município e de outras regiões.
“Esse curso capacita o guarda-vidas a trabalhar em piscinas, lagos e igarapés. A nossa região, a Amazônia, é permeada de rios e igarapés e é extremamente necessário os nossos balneários terem esses profissionais para, na hora necessária, fazer o socorro, fazer a segurança dos banhistas, seja numa praia, seja no Igarapé Preto, seja em os clubes privados. Não é só a questão de natação, mas também tem um preparo físico. As disciplinas que compõem a estrutura curricular do curso de guarda-vida, tem a atividade física, o treinamento físico, porque o guarda-vida precisa estar bem fisicamente, o atendimento pré-hospitalar voltado para afogado, e a gente também ensina sobre hemorragias, algumas emergências que podem acontecer nos balneários. Além disso, eles vão aprender técnicas de natação utilitárias, tipos de nado, técnicas de natação tanto na superfície da água quanto embaixo da água, para eles fazerem o resgate de um eventual afogado”, citou, falando da obrigatoriedade dos balneários terem esses profissionais a postos.
“A nossa norma técnica e a lei de prevenção prevê que o proprietário de balneários devem fornecer os guarda-vidas. Por exemplo, no Igarapé Preto nós temos uma parceria a prefeitura de Cruzeiro do Sul hoje, ela contrata os guarda-vidas, que fica no local nos finais de semana, que é a maior concentração de público”, relata.
O presidente da associação dos guarda-vidas do Juruá, Francisco de Santo Silva, diz que em Cruzeiro do Sul há 58 guarda-vidas formados e aptos para atuar. Outros 8 estão em formação no curso. “O sistema sempre tem algo novo para a gente aprender e colocar em prática e por isso que tem sempre essas atualizações.Para ser um guarda-vidas salvador não precisa apenas saber nadar. Tem que ter técnica e tem que ter resistência, até porque você não escolhe o tamanho da vítima, o peso. Às vezes ela está se afogando, pedindo socorro. Você tem que estar 100% apto.Se você não tiver essas técnicas, esse treinamento pode ser mais uma vítima”, enfatiza ele.
A estudante do curso de Educação Física, Cristina Santos, de 23 anos, diz que o curso é “puxado”, mas o aprendizado vale a pena. “Estou gostando. A experiência muito boa e eu pretendo atuar na área”, contou ela.
