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O priquito

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Naquele dia, o Gabriel, garçom e bartender do Bar Charles Bahia, num momento de folga, pois só tinha eu de cliente, numa mesa na calçada começou a contar anedotas do tipo “pesadas”, ‘sujas”, piadas de sacanagem. Rimos bastante pois o caboco é bom contador. Aí a Selminha (cozinheira) me inquiriu a contar uma das minhas. Charles reforçou o desafio.


– Porra! Assim fica “difilço”! Mestre Gabriel já gastou todo meu repertório!


– Vai, cara! Deixa de fuleragem! – Disse Charlinho.


– Tão tá. Vou falar pra vocês do dia em que encarei um priquito pela primeira vez!


Fui chegando assim, devagarinho, num sabe?! Olhei pro bichinho, lindo, lindo, lindo.


Cheguei bem pertinho, cara-a-cara,, venta-a-venta, olho-a-olho, beiço-a-beiço.


O bicho se assustou!


Abriu as asas verde-amarelas e, “Flop-flop-flop”, voou.


E, de lá do ar, após dar uma bela duma cagadinha, pegou vento me esculhambando: “Priquito, priquito, priquito, priquiiito!”.