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Boa Conversa: Grupos de Bocalom e Mailza se “fritam em óleo quente” após declarações

Foto: Iago Nascimento
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O programa Boa Conversa desta sexta-feira, 24, abordou os principais movimentos da cena política acreana, com destaque para as articulações eleitorais de 2026, os embates na Câmara de Rio Branco e na Assembleia Legislativa, além das disputas por espaço entre os grupos ligados da Prefeitura de Rio Branco e a vice-governadora Mailza Assis (Progressistas).


O primeiro ponto abordado foi a questão do prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, que reafirmou que segue preparado para disputar o governo do Acre em 2026, e que as articulações políticas caminham dentro do planejado. Na entrevista, Bocalom afirmou que não vê a vice-govenadora Mailza Assis como uma política radical de direita e aposta no apoio de lideranças regionais para consolidar sua candidatura ao Palácio Rio Branco.


“Eu vi a entrevista do Bocalom ao Whidy, ele fez um movimento e isso foi um balão de ensaio, testando o governo, a Mailza e o Alan tá correndo por outra raia. Na verdade, o Bocalom tá doido pra ser candidato, às pessoas o abordam, ele é pré-candidato ao Governo. Agora, se vai ser candidato tem que esperar um pouco. O Acre é 70% de um estado de direita e é campeão em feminicidio, esse é o estado conservador”, salientou.

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Foto: Iago Nascimento

O jornalista Astério Moreira destacou que o eleitorado evangélico, historicamente coeso, hoje se encontra dividido entre Mailza Assis, Alan Rick e Tião Bocalom. Essa fragmentação pode alterar o resultado da disputa majoritária de 2026.“Mailza é evangelica de raiz, ela transita bem com as instituições que orbitam na Igreja e você tem o Alan que é evangelico e ele tem muito trânsito nessa área. O Bocalom é católico e os assessores deles são muito evangelicos”, pontuou Astério Moreira.


No Bar do Vaz, o secretário de Governo Calixto destacou que Bocalom não cumpriu parte das promessas de campanha como prefeito e avaliou que seria mais prudente que o gestor se mantivesse na administração municipal. Segundo ele, “o melhor é se manter na prefeitura”.


“O Calixto externou uma opinião que não é uma agressão diante do cenário que ele está vendo. O Bocalom é estimulado pelas ruas e também pelos seus assessores mais próximos. Na minha opinião, essa opinião do Calixto é um chamamento pro Bocalom sentar com a Mailza e ficar na Prefeitura. Bocalom e a vice vão precisar um do outro no segundo, porque o Alan já está lá”, destacou.


Calixto também comentou a necessidade de unidade no grupo de apoio a Mailza Assis. Segundo ele, o senador Márcio Bittar precisa reafirmar sua condição de aliado e contribuir de forma mais direta com o projeto político que está em construção.


“O Marcio vai fazer o que é bom pra ele e não é o que é bom para o Bocalom, ele vai tentar à reeleição. A questão é como fica o PL e o palanque, o Marcio tem o Bocalom e o Bocalom declarou apoio ao Gladson e o Gladson apoia o Marcio, é complicado esse jogo, como que vai ficar essa situação?”, perguntou.


Questionado sobre a possibilidade de reconciliação entre Mailza Assis e o senador Alan Rick, Calixto foi direto: ambos já estão em campo como pré-candidatos e dificilmente haverá composição entre eles. “Não tem brecha de reconciliação entre os dois, já que o Alan não tem o que perder, sendo que o Alan ainda tem quatro anos pela frente, tá posta a candidatura, a informação que eu tenho é que na filiação dele ao Republicanos o Tarcísio de São Paulo deve vir”, afirmou.


Foto: Iago Nascimento

Apesar de Mailza se apresentar como continuidade da atual gestão estadual, Calixto afirmou que é natural que ela faça mudanças em secretarias. “Eu acho que a Mailza vai manter a maioria dos secretários de Gladson, mas pelo o que eu tô sabendo, ela vai fazer muitas mudanças no segundo e terceiro escalão”, pontuou Marcos Venicios.


O governador Gladson Cameli também foi tema de análise, com observações sobre sua postura mais equilibrada e distanciada de pautas radicais. Segundo Crica, Cameli prefere priorizar a governabilidade e manter pontes com diferentes espectros políticos.


Ainda sobre o cenário eleitoral, Astério observou que a dificuldade de alguns partidos não é financeira, mas de falta de nomes competitivos para a disputa à Câmara Federal. “O MDB está chegando para ser aliado do Governo, mas com exigência do Governo ajudar a construir a chapa do MDB. Só que o Governo tem que ajudar a chapa do PSDB, Podemos, só que essa conta não fecha. Tem muito dinheiro do Fundão, só que não tem ninguém, eu acho muito difícil a construção dessas chapas”, pontuou.


O presidente da Câmara, vereador Joabe Lira, afirmou que o Legislativo municipal precisa de um orçamento mais robusto para dar conta das demandas administrativas e de pessoal. “O repasse constitucional da Câmara está no teto, o certo é diminuir as despesas”, destacou Astério Moreira.


Na Assembleia Legislativa, o destaque foi a aprovação, sob críticas da oposição, de um empréstimo de R$ 280 milhões solicitado pelo governador Gladson Cameli. O montante deve ser destinado a obras de infraestrutura e investimentos prioritários. “Eu vi as declarações do coronel Ricardo Brandão, essa pauta dos 30 milhões, isso é fácil porque tem um produto específico. Agora, dos 250 milhões que é pra ajudar o pessoal do campo, isso vai ser executado lá para 2027. Na verdade, tem muito auê nessa questão”, finalizou Marcos Venicios.


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