O Acre registrou, em outubro de 2025, o maior preço médio da gasolina do Brasil, segundo levantamento do Brasil em Mapas, com base em dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O litro do combustível no estado é vendido, em média, por R$ 7,40, superando os valores do Amazonas (R$ 6,99) e de Roraima (R$ 6,95).
O preço elevado no Norte reflete, em parte, os efeitos da venda da Refinaria de Manaus, que tinha grande influência econômica na região. Os custos logísticos e o transporte por longas distâncias também continuam a pressionar os preços nos postos acreanos. Em contrapartida, os menores valores médios foram registrados no Maranhão (R$ 5,58), Mato Grosso do Sul (R$ 5,76) e Goiás (R$ 5,94).
Queda nacional de 15,8% desde 2022
Apesar das diferenças regionais, o preço médio nacional da gasolina apresentou queda de 15,8% em três anos. Em junho de 2022, o combustível atingiu seu recorde histórico, com média nacional de R$ 7,39 o litro, chegando a R$ 7,68 no Pará e R$ 7,67 na Bahia.
A alta na época foi impulsionada pela valorização do petróleo no mercado internacional e pelos impactos da pandemia, que elevaram custos de transporte e logística. Mesmo com a redução emergencial do ICMS, aprovada às vésperas das eleições de 2022, os preços permaneceram elevados.
Em 2025, o valor médio nacional caiu para R$ 6,22 por litro, resultado da nova política de preços menos atrelada ao mercado internacional e da estabilização dos custos de produção.
Poder de compra recuperado
O levantamento também mostra uma melhora significativa no poder de compra do trabalhador brasileiro. Em 2022, o salário mínimo sem aumento real permitia a compra de apenas 164 litros de gasolina, o menor volume desde 2014.
Três anos depois, com a redução dos preços e o reajuste do salário mínimo, o mesmo valor passou a permitir a aquisição de 244 litros, representando uma recuperação de 48% no poder de compra do consumidor.
Dez anos de variações
Entre 2015 e 2025, o preço médio da gasolina no Brasil variou de R$ 3,82 para R$ 6,22, um aumento acumulado de 62,8%, ou R$ 2,40 por litro. O pico foi registrado em 2021, quando o preço médio nacional chegou a R$ 6,63.



















