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Caso Yonara: Tenente da reserva é indiciado por feminicídio

Por
Antônio Malvadeza

A Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM) concluiu, no início desta semana, o inquérito policial que apura o feminicídio de Yonara Nazaré da Silva, de 29 anos, morta a tiros pelo marido, o 2º tenente da reserva remunerada da Polícia Militar, Reginaldo de Freitas Rodrigues, de 56 anos. O crime ocorreu no fim de setembro, na frente das duas filhas do casal, de 3 e 7 anos.


De acordo com a DEAM, o militar foi indiciado por feminicídio, cuja pena prevista varia de 20 a 40 anos de prisão, em regime fechado. O inquérito foi encaminhado inicialmente à 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar, acompanhado do pedido de conversão da prisão provisória em prisão preventiva.


No entanto, o juiz Álesson Braz, ao analisar o caso e diante de manifestação do Ministério Público, determinou a redistribuição do processo. O magistrado reconheceu a competência da 1ª Vara do Tribunal do Júri, por ter sido a primeira a tomar conhecimento do caso e também responsável pela audiência de custódia que decretou a prisão provisória do acusado.


O crime aconteceu na madrugada de 27 de setembro, na Rua da Maçã, bairro Mocinha Magalhães, em Rio Branco. Segundo as investigações, o tenente atirou três vezes contra a esposa com uma pistola calibre .380, de curta distância. Após o crime, fugiu e permaneceu foragido por dois dias, até se apresentar voluntariamente à Deam, onde foi formalmente indiciado.


A motivação do assassinato ainda não foi esclarecida, já que, durante o depoimento, Reginaldo Freitas permaneceu em silêncio. Com a conclusão do inquérito, o procedimento segue agora para o Ministério Público, que deverá oferecer denúncia à Justiça. A partir disso, o acusado passará à condição de réu.


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Antônio Malvadeza