A inauguração da unidade de beneficiamento de café de Cruzeiro do Sul merece destaque. Quem trabalha na organização da cadeia produtiva do café assegura que foi um acerto. “Era necessário. Há muito café e essa unidade é importante”, avalia Jonas Lima, presidente da Coopercafé, que administra o Complexo Industrial do Café do Juruá.
Cooperativa
Em uma observação rápida, corre-se o risco de avaliar que a nova unidade será concorrente do Complexo Industrial do Café do Juruá. Não será. Em Mâncio Lima, trabalha-se, sobretudo, com o trabalhador de base familiar cooperado. Nessas horas, percebe-se com mais nitidez a importância de pertencer a uma cooperativa.
Aperto
O aperto fica por conta mesmo das indústrias de beneficiamento tradicionais. O ambiente do comércio do café está em franco e acelerado processo de mudança. E com amplo apoio do Governo do Acre e do Governo Federal.
Verticalização
As indústrias tradicionais de café do Acre vão ter que passar por um momento de mudança também. Ou verticalizam a produção, ou terão dificuldades de se manter. Possivelmente, será necessária redução da planta industrial com oferta de produtos diferenciados no mercado. É quase ser ninja!
“Pai Nosso”
Que ninguém queira ensinar “Pai Nosso” a vigário. Os empresários do setor saberão se adequar: têm experiência.
Hilariante
Há evidentes exageros e populismos. Mas não há quem não tenha assistido (e gostado muito) do desempenho dos três vereadores do MDB da Câmara de Rio Branco no vídeo sobre o estelionato eleitoral do 1001 Dignidades. Há momentos hilariantes!
Pra frente e pra trás
Sem contar a conversa “pra frente e pra trás” do Homem-de-Bem-que-gosta-de-jogar-lixo-em-estrada que tentou defender o indefensável. Disse nada com coisa alguma e ainda se comprometeu a entregar 500 casas.
Perdeu
Bocalom pode inventar outra retórica. Sobre o 1001 Dignidades, ele já perdeu esse debate. Passou. Perdeu o timing! Deve entregar algumas unidades e quem receber vai ser eternamente grato, claro. Mas o compromisso assumido, a promessa feita, não foi cumprida nos termos que ele mesmo se impôs. Ponto!
Bancada
A bancada do Acre na Câmara dos Deputados é pequena (8 vagas) e mostra grande renovação e dispersão de votos entre partidos regionais e nacionais — em 2022 foram eleitos Socorro Neri (PP), Meire Serafim (União), Coronel Ulysses (União), Zezinho Barbary (PP), Gerlen Diniz (PP), Eduardo Velloso (União), Antônia Lúcia (Republicanos) e Roberto Duarte (Republicanos). Esse mosaico facilita mudanças de alinhamento durante a legislatura e torna cada cadeira valiosa em termos de articulação local.
Abstenção
A presença nas urnas em 2022 no Acre foi de 455.438 eleitores — uma abstenção de 22,44% do eleitorado apto (587.222). Números desse porte pesam diretamente na estratégia de campanha para distrair ou mobilizar eleitorado: reduzir abstenção pode decidir vagas proporcionais onde a diferença entre eleitos e suplentes é medida por poucas centenas ou milhares de votos.
Fragmentação
O sistema proporcional com listas abertas no Acre amplia a fragmentação: em 2022 os percentuais individuais de cada deputado eleito ficaram entre cerca de 3% e 6% dos votos válidos (votos pessoais que viabilizam a cadeira pela soma partidária).
Fragmentação II
Isso significa que campanhas de deputados federais e estaduais precisam trabalhar tanto candidaturas com “puxadores” fortes quanto montagem de chapas que somem votos; a dispersão torna a eleição mais previsível para quem domina rede de lideranças locais e menos previsível para quem aposta só em imagem. Já sabem quem pode rodar nessa, né?
Estratégias
Para 2026 as opções claras são: consolidar chapas — partidos com boa base local (PP, União/União Brasil, Republicanos, PL/aliados) tendem a buscar chapas competitivas; Buscar puxadores — eleger um candidato com grande votação para arrastar colegas da coligação; Focar mobilização — reduzir abstenção e reter eleitores de 2022 que hoje estão ‘soltos’; Alianças regionais — acordos com lideranças municipais e pastores/segmentos sociais que têm peso em municípios do interior.
Encontro
A senadora Damares Alves esteve na sexta (17), em Rio Branco, no evento “O Cristão e a Política”, promovido pelo senador Marcio Bittar, na Assembleia de Deus, com foco no papel da fé na vida pública. Tá certo.
Repondo a verdade
O político falador pode até se equivocar, mas daí a fazer um discurso com inverdade e falta de caráter não vale. Na sexta, 17, João Marcos, secretário de Bocalom, largou essa barrigada: “afirmou que a capital não teria recebido repasses do cofinanciamento estadual este ano”. Ele faltou com a verdade. De acordo com dados oficiais da SEASDH, Rio Branco foi contemplada com R$ 437.819,52, recurso destinado à proteção social básica, especial e à gestão da assistência. Joãozinho, meu querido amigo, mentir faz o nariz crescer…
Visita
O senador Marcio Bittar visitou o ex-presidente Jair Bolsonaro na quinta (16) em Brasília e disse ter encontrado o líder “bem, sereno e fortalecido”, destacando sua honestidade e o carinho do povo acreano. A rotação da terra mudou por causa disso… Aff..
Coqueluche
O Acre segue sem casos de coqueluche em crianças menores de 5 anos, enquanto o Brasil registra aumento de 1.353% em 2024, totalizando 2.152 casos, reforçando a importância da vacinação DTP e da dTpa em gestantes.
Desmatamento
Em setembro de 2025, o Acre concentrou 21% do desmatamento da Amazônia, com municípios como Feijó, Tarauacá e Rio Branco entre os mais afetados, e quatro Unidades de Conservação pressionadas, apesar da redução geral de 49% em relação a 2024, segundo o Imazon.
Líder consistente
Aos poucos, o líder da Prefeitura de Rio Branco na Câmara Municipal, vereador Márcio Mustafá, vai mostrando seu estilo próprio de atuar nos debates parlamentares. Durante uma transmissão do ac24horasPlay, Mustafá demonstrou equilíbrio e serenidade ao defender a gestão do prefeito Tião Bocalom, sem partir para ataques pessoais contra o opositor Fábio Araújo. O embate foi firme, mas respeitoso — algo raro no ambiente político atual. Como disse um colega de bastidor: “se fosse o João Marcos, já tinha engrossado o gogó e soltado os cachorros pra cima de Araújo”. O tema da discussão era o polêmico programa “1.001 Dignidades”.
Tragédia na fronteira
Enquanto a política ferve na capital, uma tragédia marcou a região de fronteira. Uma família perdeu todos os bens em um incêndio que destruiu completamente a residência. Há suspeita de que o ex-marido da vítima tenha provocado o fogo. O caso chocou a comunidade local, especialmente pelo fato de o homem ter destruído também os pertences dos próprios filhos. Um episódio triste, que evidencia a falta de empatia e amor que vem crescendo na sociedade.