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TJAM condena casal por latrocínio e ocultação de cadáver de artista venezuelana

Por
Terezinha Moreira

O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) divulgou que o Juízo da Vara Única de Presidente Figueiredo condenou Deliomara dos Anjos Santos e Thiago Agles da Silva pelos crimes de latrocínio (roubo seguido de morte) e ocultação de cadáver da artista venezuelana Julieta Hernández, assassinada em dezembro de 2023.


Julieta, que viajava de bicicleta pelo país e havia pernoitado no município antes de seguir para Roraima, foi morta no Espaço Cultural Mestre Gato, segundo a denúncia do Ministério Público.


Deliomara foi condenada a 37 anos, 11 meses e 10 dias de reclusão, além de 264 dias-multa — sendo 36 anos e 11 meses pelo latrocínio e 1 ano pela ocultação de cadáver. Já Thiago recebeu pena de 41 anos e 3 meses de prisão e 220 dias-multa, somando 40 anos por latrocínio e 1 ano e 3 meses por ocultação de cadáver. Ambos deverão cumprir pena em regime fechado.


A juíza Tamiris Gualberto manteve a prisão preventiva dos condenados até o trânsito em julgado da sentença. Segundo o TJAM, as penas foram fixadas individualmente e de forma fundamentada.


De acordo com a denúncia, Thiago, sob efeito de álcool e drogas, teria tentado roubar o celular da vítima, que dormia em uma rede. Deliomara, movida por ciúmes, jogou álcool sobre Julieta e o companheiro, e em seguida ateou fogo. Após o incêndio, Thiago enforcou a vítima e o casal enterrou o corpo em uma cova rasa nos fundos da casa onde moravam.


Os réus também haviam sido denunciados por estupro, mas foram absolvidos por falta de provas, já que o laudo do exame de corpo de delito foi inconclusivo e não houve testemunhas capazes de confirmar o crime.


A decisão foi publicada pelo Tribunal de Justiça do Amazonas, que destacou que o caso segue em tramitação até o encerramento definitivo do processo.


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Terezinha Moreira