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Os contracheques das bonitas

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Da Redação

Um levantamento minucioso protocolado na Ouvidoria do Ministério Público mostra que pelo menos 20 influenciadoras e familiares ligados a elas estão na folha de pagamento da Assembleia Legislativa. Pelo que se apurou, ninguém ganha menos de R$ 5 mil para não fazer nada. Com certeza, quem encaminhou os contracheques ficou de fora da divisão do bolo. Já andam dizendo que a atual legislatura deixou ser o “Laranjal do Chico” para se tornar a “Penteadeira das Bonecas”. Que coisa!


Desmanche

Independente do desfecho que for dado à Peixes da Amazônia, a cena toda já mostra como um projeto bom pode ser exemplo do descompromisso com a coisa pública. Fortalecer a cadeia produtiva do peixe é a coisa mais racional e necessária por aqui. O propósito foi bom. O diabo foi a execução da coisa em si. A gestão petista foi com muita sede ao pote e de onde só tira, um dia vai faltar…


Contabilidade

Os números já mostram a gravidade. Um lugar em que foram aplicados R$ 68 milhões, com recursos públicos e privados, ser cotado à venda por pouco mais de R$ 15 milhões, já se vê o tanto de perdas que o povo teve por aqui.


Com verdade

E que não se apressem os neoliberais de barranco dizer que o Estado não pode se meter nesses negócios. A Dom Porquito e a Acre Aves estão aí para desmanchar o argumento dessa turma. Quem é que vai falar com verdade sobre o que aconteceu na Peixes da Amazônia?


O choro do Chico

O deputado Chico Viga (PDT) sentiu o baque quando viu e ouviu servidores da educação classificando os parlamentares da Aleac como “demônios” por terem desestruturado a tabela salarial deles em 2022. Ele lembrou que foi o único deputado da base que votou pela derrubada da proposta do governo e revelou que perdeu espaço no governo por isso. “Eu perdi muitos espaços. Nunca falei sobre isso, mas faço o registro”, disse. Na linguagem política do Acre, espaço significa cargos.



Baixa produção

A Câmara Municipal de Rio Branco, que no início da legislatura prometia ser uma Casa atuante e comprometida com os interesses da população, parece repetir o cenário do mandato anterior. Entre os 21 vereadores, poucos se destacam por suas proposituras e defesas efetivas das demandas populares. Nos bastidores, comenta-se que os parlamentares Matheus Paiva, Rutênio Sá e Moacyr Júnior estão entre os nomes considerados menos produtivos da atual composição.


Cadê os poços?

Em meio ao período de seca hídrica que atinge Rio Branco, a população não esquece as promessas do prefeito Tião Bocalom. Uma delas ainda na primeira gestão, era a perfuração de poços artesianos para amenizar os efeitos da baixa do Rio Acre e garantir abastecimento em épocas críticas. No entanto, o primeiro ano do novo mandato já se aproxima do fim — e os poços continuam apenas na promessa. Afinal, e os poços, Bocalom?


Reação de Duarte

O deputado Roberto Duarte apresentou um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) para barrar a criação da chamada “Casa da Janja”, que prevê 189 cargos comissionados no gabiente da 1ª Dama no Palácio do Planalto. A proposta reflete o tom de oposição ao governo federal e critica o inchaço da máquina pública. Porém, analistas veem na iniciativa mais um gesto político do que uma medida com chances reais de prosperar no Congresso.


Odorico Velho Boca Paraguassu

Nessa novela, Bocalom não sabe ao certo quem matou Odete Roitman, mas está aos poucos revelando quem é o verdadeiro Odorico Paraguassu do Acre. Mil e poucos metros de calçada inaugurados com pompa e circunstância é pior que a placa do Mauri Sergio no ponto de táxi do PS.


Fenômeno

Um halo solar impressionou e até assustou moradores de Rio Branco na terça (14), formando um anel colorido ao redor do sol e indicando presença de cristais de gelo nas nuvens altas, segundo meteorologistas.


Interdição

O Ministério Público do Acre obteve decisão judicial que interditou o frigorífico Frigonutri, em Brasileia, por graves irregularidades sanitárias e ambientais; multa diária de R$ 5 mil foi fixada em caso de descumprimento. É pouco. Tem de fiscalizar mais, fechar o cerco contra a clandestinidade e os ilícitos no setor.


Educação

A Secretaria de Educação e Cultura iniciou a implementação da Lei nº 13.935/2019, que garante serviços de psicologia e assistência social nas escolas públicas, com plano em nove etapas e parceria com CRP e CRESS. Não será concluído neste governo.


Palanque religioso

Pendurado na senadora Damares, Marcio Bittar consegue um palanque de luxo entre os religiosos. Se isso rende voto, tenho lá dúvidas…


Equívoco

O município acreano de Manoel Urbano carregaria há quase sete décadas a grafia errada do nome de seu fundador, Manuel Urbano da Encanação, por descuido oficial reproduzido até pelo IBGE.


Correção

Nascido naquela região, o morador Francisco Saraiva criticou a omissão das autoridades e historiadores, que até hoje não corrigiram o erro de grafia no nome do homenageado que deu origem ao município do Vale do Purus.


Conselho Tutelar

O MP precisa intervir urgente na rotina do Conselho Tutelar de Rio Branco. Há denúncias de perseguição e assédio moral a quem não tem usado a estrutura de trabalho para doutrinar sob os preceitos dos “homens de bem”.


Lula e o agro

O 1º Levantamento de Safra do Novo Ano Agrícola mostrou que o governo Lula fala muito da Agricultura Familiar, investe muito nela, reconhece a importância dela no Orçamento Público, mas vibra mesmo é com os números polpudos da agricultura de base empresarial.


Comparações

Os números gerais desta safra não são muito bons não… o milho, para dar outro exemplo, deve registrar colheita 11% menor que a do ano passado. Os argumentos são vários e incluem, como sempre, o imponderável. Mas a verdade é que a política de desenvolvimento agrário tá fraca igual caldo de piaba.



Arroz e feijão

O arroz, por exemplo, perdeu espaço para a soja. E o feijão só não foi no mesmo rumo porque é uma planta de ciclo curto e permite ousadias do produtor em investir em outra cultura no mesmo ano agrícola, dependendo do preço.


Por falar…

E por falar em arroz, a coluna vai falar, já que ninguém teve a coragem de dizer: o prefeito Bocalom erra ao criar estrutura de descasca de arroz para particulares. É um erro. O poder público induzir é uma coisa; o poder público fazer tudo é outra. Quer ajudar o produtor? O correto seria pressionar o Banco da Amazônia e o Banco do Brasil.


Silos

Os silos graneleiros, que foram implantados no Acre pela ação do Governo do Estado, são exemplos. O Estado implantou, administrou, mas é chegada a hora de repassar isso à iniciativa privada, sem prejuízos aos cofres públicos.


Missão sumprida

O Estado cumpriu a missão: qualificou o segmento, mostrou o caminho, induziu e hoje há produtores que investiram em silos próprios. Não cabe ao Estado continuar nisto. Repassa à iniciativa privada e canaliza energia em outra carência.


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