Os dados da queda da arrecadação, exposto pelo economista Orlando Sabino e objeto de análise do editorial deste domingo (12), mostram como o varejo acreano está sangrando.
Uma grande autarquia deve ser alvo de uma representação de órgãos fiscalizadores. Pelo menos 5 servidores comissionados fantasmas jamais cumpriram expediente. O que chama atenção é a lotação da amante e da esposa no mesmo setor. Graças ao destino, ambas nunca se viram, nem mesmo no dia de assinar o ponto para justificar o recebimento mensal.
O presidente Lula tem direcionado uma série de investimentos ao Acre, mas, estranhamente, isso pouco reverbera por aqui. Falta comunicação aos petistas e, principalmente, aos petistas do Acre. Enquanto o governo federal injeta recursos em diversas áreas, quem tem colhido os créditos é a direita, que não perde tempo em capitalizar cada obra, projeto e inauguração feitos com o dinheiro de Lula. No fim das contas, o silêncio da base aliada tem sido o melhor material de campanha da oposição.
Em março, o prefeito de Sena Madureira, Gerlen Diniz, prometeu entregar 100 casas populares. A promessa foi tão empolgante que até parecia início de uma revolução na habitação. Seis meses depois, o placar é modesto: duas casas prontas. Ainda assim, justiça seja feita, já é mais do que Mazinho conseguiu entregar em oito anos de gestão.
Corre, Acre! O Norte de Minas Gerais começou a plantar cacau. A região é uma das mais pobres do estado, divisa com a Bahia, conhecida na literatura por ser constante objeto de peregrinação de Guimarães Rosa. Os quatro municípios com maior área plantada somam 465 hectares.
O cacau acreano pode ter produção verticalizada, com pequenas unidades de produção de chocolate por aqui mesmo. É uma ideia interessante, claro. Mas há muita (mas muita mesmo) coisa a fazer até se chegar a este nível.
Só que alguns produtores já comercializam parte da safra para a Bahia, maior estado produtor do país. A coluna chama atenção porque a Seagri tem, no papel, a tal da Rota do Cacau, um acertado projeto que vincula produção ao Turismo e, em última instância, à indústria. É preciso agilizar.
Estranho mesmo é o Governo do Acre tratando da possibilidade de entrada do cacau acreano na Europa quando, na verdade, nem produção organizada se tem por aqui. Antes de falar em venda à Comunidade Europeia, há muita coisa a fazer por aqui.
Algumas marcas de café da região estão se adaptando aos novos tempos do produto como moda nas lavouras acreanas: estão verticalizando a produção. Ou fazem isso ou terão dificuldades de ter o produto para processar na indústria.
Agora, cada produtor quer ter o domínio de todo o processamento do café. Quem pode tem como meta isto. E há um agravante para as indústrias locais de café: a Cooperacre entra em cena em 2026 neste segmento. Aquele tempo em que as indústrias ditavam preços parece que está sendo revisto.
Perpétua Almeida está refinando os coices. Quem soube ouvir a fala dela na solenidade do Quali Café 2025 entendeu que a reação foi elegante diante a agressão sem medida e fora do tom de Bocalom.
Uma influente figura ligada à direção de entidade vinculada à produção de café não poupou verbo para criticar a falta de apoio do governo. “Na hora da foto, todos querem estar ao lado do produtor. Mas no dia a dia, eu só conheço um prefeito que tem apoiado o produtor de café em todo Acre, que é o prefeito Zequinha Lima, de Cruzeiro do Sul. E eu ando todo o Acre”.
Alguma coisa não está certa nos números relacionados aos ramais. Nas contas do vereador Zé Lopes, foram apenas 100 quilômetros pavimentados de ramais. Na conta da PMRB, foram mil “de melhoramento”.
A semana começa do jeito que terminou na política do Acre, com embates verbais e correria para desfazer as fofocas e polêmicas que atrapalham a aliança e infernizam a vida dos pré-candidatos -uma delas certamente envolverá o vereador Zé Lopes e o prefeito Tião Bocalom.
Pavimentação é diferente de “melhoramento”. Isso é fato. O problema é que no número redondo e recheado apresentado pela prefeitura não é contabilizada a qualidade do serviço. Quando alguém pergunta ao produtor rural, a resposta vem em tom meio azedo.
O escriba ligou para vereadores e deputados em busca “de alguma novidade” no domingo pela manhã. Quem retornou explicava que estava em uma “atividade do Dia das Crianças”. O populismo é grande de uma ponta a outra. A agenda ainda está muito Sucupira.
No fim da semana passada, uma agenda do prefeito Tião Bocalom, em uma dessas visitas às obras do viaduto da AABB que não servem para mais nada a não ser fazer propaganda, trouxe uma personagem estranha ao ninho: o vereador João Paulo. Qual a causa?
O parlamentar, que tem procurado manter uma agenda de distanciamento higiênico da gestão Bocalom, foi convidado pelo próprio prefeito. Por educação, aceitou. Mas se o prefeito calcula que o gesto é sinônimo de aproximação; ou que o mundo inteiro entende que viaduto é sinônimo de solução para o grave problema de mobilidade urbana, é bom refazer as contas.
É urgente, aliás, que Bocalom consiga ouvir alguma coisa além do que lhe diz o generoso espelho (ou os entusiasmados assessores). Daqui a pouco, estará feito Jorge Viana: falando as mesmas coisas de sempre, enquanto o mundo dá cambalhotas a todo momento.
A polícia deve uma resposta à sociedade sobre o número de monitorados executados no Acre. Qual a relação entre uma coisa e outra?
Falam que o Dinossauro Acreano saiu do Mr. Olympia com quase R$ 900 mil no bolso. Merecido, pois há quem lembre que nos tempos difíceis em Rio Branco era sua companheira que abria mão da porção de proteína -um ovo em várias ocasiões – para garantir o padrão nutricional a ele.
Nos bastidores, cresce a expectativa em torno do posicionamento de Tião Bocalom, que para ser verdadeiro tem sim sido cortejado por diferentes grupos. A indefinição sobre seu papel nas próximas eleições mantém o cenário aberto e pressiona siglas a antecipar as decisões periféricas, aquelas que podem ser alteradas a qualquer momento…
Ao Senado, analistas avaliam que o cenário eleitoral do Acre caminha para uma disputa polarizada, repetindo o padrão das últimas eleições. A força do governo e a reorganização da oposição devem pautar a dinâmica política nas próximas semanas.
Bom sempre recordar que a Prefeitura de Rio Branco diz que demolição do ponto comercial conhecido como “Casa da Galinha”, na rua Epaminondas Jácome, foi cumprida com base em decisão judicial expedida desde 2018. Segundo o secretário de Infraestrutura, Cid Ferreira, todos os trâmites legais e notificações foram realizados antes da ação.
A gestão de Tião Bocalom confirmou que outras demolições deverão ocorrer na mesma área central, onde há processos judiciais semelhantes em andamento. De acordo com a Secretaria de Infraestrutura, parte dos comerciantes já recebeu indenizações e o prazo para desocupação dos espaços está chegando ao fim. Afinal, quem monitora essas operações e quais suas verdadeiras finalidades?
O plano de remoção dos moradores do Papouco, na região central de Rio Branco, divulgado pelo secretário João Marcos, precisará ser amplamente debatido com o Ministério Público e discutido em audiências com os moradores. O local é, de fato, insalubre, mas é fundamental que o processo seja conduzido com diálogo e transparência.