Foto: Whidy Melo
Cerca de 150 vigilantes que prestam serviços de segurança em escolas da rede estadual do Acre estão sem receber o salário referente ao mês de setembro, segundo denúncia feita na manhã desta segunda-feira, 13, pelo presidente do Sindicato dos Vigilantes do Estado do Acre (SESSPAC), Raimundo Nonato Souza dos Santos. Os trabalhadores são contratados pela empresa VIP Segurança, administrada pela família do deputado federal, coronel Ulysses Araújo, que atua por meio de contrato com a Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE).
De acordo com o sindicato, os profissionais estão enfrentando dificuldades financeiras por conta do atraso no pagamento. Raimundo Nonato afirmou que a situação é recorrente e pediu providências imediatas da empresa e do governo para garantir o cumprimento dos direitos trabalhistas.
Em nota pública, a SEE informou que os repasses à empresa VIP estão regulares e dentro dos prazos contratuais. A pasta
afirmou que “mantém em dia suas obrigações e acompanha permanentemente a execução dos serviços prestados”. O secretário de Educação e Cultura, Aberson Carvalho, declarou que a responsabilidade pelos salários é da empresa contratada, que teria se comprometido a regularizar os pagamentos ainda nesta semana.
“O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Educação e Cultura do Acre (SEE), informa que os repasses à empresa VIP Serviços de Segurança, responsável pela execução do contrato de vigilância nas unidades de ensino da rede estadual, estão regulares e dentro dos prazos contratuais. A pasta reforça que mantém em dia suas obrigações contratuais e acompanha de forma permanente a execução dos serviços prestados. A empresa VIP, por sua vez, assegurou à SEE que está adotando as providências necessárias para regularizar, ainda nesta semana, o pagamento de seus colaboradores vinculados à área da educação”, pontuou a pasta em nota.
Já a empresa VIP Segurança apresentou uma versão diferente. Em entrevista ao site ac24horas, a técnica administrativa e financeira Olinda da Costa afirmou que a nota fiscal referente aos serviços foi enviada à SEE no dia 1º de outubro, e que a previsão era de que os recursos fossem depositados na sexta-feira, 10, o que não ocorreu.
“A qualquer momento esse valor deve cair e vamos fazer a liquidação não só dos funcionários que trabalham na educação quanto de outros postos. Acredito que no máximo até amanhã os pagamentos serão feitos. Emitimos a nota dentro do prazo, mas eles [vigilantes] estão querendo dizer que independente disso nós deveríamos pagar o salário deles, o que é verdade, mas a gente vai fazer essa liquidação assim que recebermos o recurso de lá”, explicou Olinda.