A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, venceu o Prêmio Nobel da Paz deste ano. O Comitê Norueguês do Nobel premiou a ativista pelo esforço em, segundo o anúncio, “tentar manter acesa a chama da democracia venezuelana”.
A ativista celebrou o prêmio, se dizendo surpresa com o reconhecimento.
No ano passado, María Corina foi responsável pela coordenação da campanha de Edmundo González à Presidência. Ela não disputou o cargo porque estava inelegível, condenada em um processo liderado por aliados de Maduro.
A indicação da venezuelana ao prêmio partiu do atual secretário de Estado americano, Marco Rubio, enquanto ainda ocupava uma cadeira no Senado.
A confirmação do prêmio irritou a Casa Branca, que pressionava o Comitê Norueguês a laurear o presidente Donald Trump pela mediação de uma série de acordos de cessar-fogo desde que assumiu o cargo, em fevereiro.
Trump, inclusive, afirmou que a indicação “prova que o Nobel é político”.
Integrantes do governo Lula ficaram decepcionados com a premiação de María Corina Machado. Celso Amorim, assessor especial da Presidência, chegou a repetir a crítica de Trump e também classificou a escolha como “política”.
Áudios obtidos pela CNN mostram que María Corina Machado fez um apelo a Lula durante as eleições do ano passado.
“Acredito que o brasil tem um papel fundamental diante da mérica Latina, do mundo, e agora, diante da história”, afirmou.
Em outro áudio, enviado a um interlocutor brasileiro, María Corina critica a postura de Lula diante da perseguição do regime de Madudo às vésperas do pleito.
“Não posso crer que o governo do Lula, que passou pelo que passou, se mantenha calado, silente, diante dessa situação”.