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Atriz deixa escapar a verdade sobre quem matou Odete em Vale Tudo: ‘Falei demais’

Por
UOL

Intérprete de Odete Roitman em Vale Tudo, Debora Bloch acabou deixando escapar uma pista de quem matou a vilã no remake da Globo. A atriz entregou que gravou apenas uma cena com o efeito de sangue quando o tiro acerta a bilionária. “Estou falando demais”, percebeu ela depois.


A artista comentou o fim trágico da personagem em entrevista ao Conversa com Bial na sexta (10). “Quantas vezes no estúdio você teve que morrer? Quantos tiros você levou?”, indagou Pedro Bial.


“Cinco, porque são cinco suspeitos”, afirmou a convidada. Ela falou sobre as motivações de César (Cauã Reymond), Marco Aurélio (Alexandre Nero), Maria de Fátima (Bella Campos), Celina (Malu Galli) e Heleninha (Paolla Oliveira) para atirar na empresária.


“Gravei com todos”, contou a atriz. “Todos fazem o mesmo gesto dando o tiro?”, questionou o jornalista. “Todos dando o tiro, é”, confirmou ela. “Você teve que tomar todos esses tiros ou o tiro foi um só, e atirando é que foram vários takes?”, quis saber o apresentador.


Foi então que a intérprete deixou escapar a pista de que apenas um personagem gravou realmente matando a dona da TCA –ao contrário do que Manuela Dias indicou em entrevista ao Fantástico.


Todos atiraram. E eu fiz o gesto para todos. Porém, um tiro que a gente tinha um efeito [de sangue]… Não é ketchup. É uma mistura de várias coisas.


“Dois tiros?”, perguntou Bial. “Não, um tiro que atravessa. Tem que ter ela escorregando. Essa cena icônica… Deixando a marca do sangue e marca do tiro na parede”, explicou Debora. “Ah… Estou falando demais”, notou ela.


O jornalista também comentou como o público não queria que Odete tivesse morrido nessa versão, citando uma pesquisa feita pelo Datafolha.


“As pessoas acham que ela não deve morrer, mas acham que ela deve ser punida. Acham que [a punição] não é a morte, mas a pobreza ou a prisão. Para usar uma palavra de Odete, eu achei mais civilizado querer que ela seja punida do que querer que ela morra”, ressaltou a atriz.


Eu acho que, na vida real, Odete deveria ser julgada, condenada e punida. E sem PEC da blindagem. E sem anistia. Porém, na novela, nosso melodrama, eu acho que precisa da catarse de assassinar o vilão.


Mudanças no remake


Debora ainda contou que se surpreendeu com as adaptações de Manuela Dias nessa versão da novela, como a decisão de manter Leonardo (Guilherme Magon) vivo.


“Foi uma surpresa muito legal, acho que trouxe uma nova camada para a novela e para a personagem”, elogiou. “Ela se tornar uma assassina… Eu acho que ela veio com mais camadas de crueldade nesse sentido. A Manuela trouxe para a personagem um empoderamento para a mulher de 60 muito interessante”, completou.


A artista revelou ainda como foi avisada de que Leonardo não morreu no remake.


“Isso foi todo um segredaço. Um dia eu estou saindo dos estúdios e vem no corredor, em minha direção, Paulo Silvestrini [diretor] e Luciana [Monteiro], nossa produtora: ‘Debora, precisamos fazer uma reunião com você’. Falei: ‘Ah, meu Deus, o que aconteceu? Está tudo dando errado’. Achei que já era um problema”, relatou.


Entramos no camarim, fechamos as portas, ninguém podia ouvir. E eles me contaram essa nova trama de Leonardo. E só eu ia receber o texto. Nem alguns diretores que me dirigiram tinham recebido o texto. Então foi uma loucura.


“Muito menos o elenco”, disse Bial. “A Malu [Galli] ficava… A gente gravando as nossas cenas, e ela: ‘O que está acontecendo que não vêm os textos? Você sabe?’. Eu: ‘Não. Também não sei o que foi’. Eu não podia contar, porque eles me fizeram jurar de pé junto, que eu não ia falar para ninguém, só eu que ia saber”, contou a intérprete.


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