O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PL), acompanhado do vereador João Paulo (Podemos), destacou nesta sexta-feira, 10, a importância da transferência de bens arqueológicos atualmente armazenados no Parque Capitão Ciríaco, sob responsabilidade da Fundação Garibaldi Brasil (FGB), para o Centro de Arqueologia e Antropologia Indígena da Amazônia Ocidental (CAAINAM), da Universidade Federal do Acre (UFAC).
Segundo o gestor, a iniciativa tem como objetivo preservar o acervo histórico e garantir melhores condições de conservação e acesso à pesquisa. “São peças com até 2 mil anos. A nossa história precisa ser preservada. A prefeitura não dispõe de um espaço adequado, e a UFAC já tem estrutura para isso. Nada melhor que colocar lá, para que as pessoas possam visitar e conhecer mais sobre o nosso passado”, afirmou Bocalom.
A arqueóloga e superintendente substituta do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Antônia Barbosa, ressaltou que a transferência é resultado de uma ação articulada há anos, com acompanhamento do Ministério Público Federal (MPF). “A prefeitura firmou um acordo para receber esse patrimônio, mas atualmente não há condições de mantê-lo no Parque Capitão Ciríaco. O material será levado à UFAC em duas etapas, com a segunda remessa prevista para ocorrer até segunda-feira”, explicou.
Antônia destacou ainda que o acervo reúne bens arqueológicos de povos antigos, com cerca de 2 mil anos de história, essenciais para a preservação da memória e da identidade cultural da região.
O representante do CAAINAM/UFAC, Dr. Jacó César Piccoli, garantiu que o laboratório destinado ao acervo oferece condições ideais de segurança e preservação. “O espaço não é inundável, dispõe de segurança e o material será manuseado apenas por pessoas autorizadas. Em até seis meses, o local estará totalmente estruturado para o trabalho técnico e científico”, afirmou Piccoli.