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Após desavenças, Donadoni aperta mãos de Vagner e abre vagas para aliança em 2026

Por
Whidy Melo

Durante a reunião no diretório regional MDB, nesta quarta-feira (8), o ex-desafeto de Vagner Sales, Jonathan Donadoni (chefe da Casa Civil do governo), abriu vagas para composições na chapa majoritária da vice-governadora Mailza Assis (PP), pré-candidata ao governo, visando uma aliança forte para as eleições em 2026. A visita carregou a sombra das provocações feitas à família Sales em 2024, após as eleições em Cruzeiro do Sul.


Na visita, Jonathan Donadoni enfatizou a capilaridade do MDB em todo o Acre, o que carimba sua importância no processo eleitoral. “A busca pelo MDB é por entender a importância do partido e a capilaridade do alcance da sigla, que está representada em todos os municípios do Acre. Precisamos de um grande arco de aliança para fazer este governo e o MDB tem posição privilegiada quando se fala em composição”, afirmou. Ele mencionou nomes como Marcus Alexandre e Jéssica Sales como potenciais para vice ou senado, já que apenas a vaga de Cameli ao senado está definida. “Temos aberto, então, composição de senado e vice, e também o fortalecimento da chapa, fazer uma chapa viável para deputados estaduais e federais. Estamos abertos a qualquer composição”, afirmou.


Apesar do tom conciliador, a movimentação traz consigo uma sombra ainda presente no MDB: o comportamento recente do próprio Donadoni em relação à família Sales – uma das mais tradicionais dentro da sigla – nas eleições municipais de 2024.


Entenda: Faixa na casa de Chefe da Casa Civil provoca família Sales após vitória de Zequinha


À época, após a derrota de Jéssica Sales (MDB) para Zequinha Lima (PP) em Cruzeiro do Sul, Donadoni, que atuou como coordenador da campanha vitoriosa, estampou uma faixa em frente à sua residência provocando os adversários: “Que pesquisa que nada… Zequinha, o primeiro nas urnas”. O gesto foi interpretado como uma afronta direta à família Sales, especialmente a Vagner Sales, pai de Jéssica, que reside próximo ao chefe da Casa Civil e foi obrigado a conviver com a provocação diariamente.


A atitude gerou críticas públicas de aliados históricos do MDB, como o senador Sérgio Petecão (PSD), que apoiava Jéssica. Em entrevista à TV Gazeta, na época, Petecão lamentou não apenas a derrota, mas o que chamou de “tripúdio” por parte de Donadoni. “Foi desrespeitoso. Ele vivia na casa do Vagner e da dona Antônia Sales. Mas o homem lá de cima, uma hora, manda a fatura”, disparou.


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Whidy Melo