A pesquisa realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Acre (Fecomércio/AC), com base em levantamento do Instituto Data Control junto a 105 empresários e dirigentes de lojas de Rio Branco, revela que o comércio local está moderadamente otimista para o Dia das Crianças de 2025, data considerada um dos principais termômetros do varejo no último trimestre do ano, ao lado da Black Friday e do Natal.
De acordo com o estudo, 60% dos empresários acreditam em melhora nas vendas neste Dia das Crianças em comparação ao ano anterior. Outros 28,6% esperam estabilidade nas negociações, e 11,6% demonstram preocupação diante das incertezas da economia nacional.
A pesquisa mostra que o comércio de vestuário lidera entre os ramos ouvidos, representando 30,5% dos entrevistados. Em seguida aparecem os segmentos de variedades (16,2%), acessórios (13,3%), brinquedos (12,4%), presentes (7,6%), calçados (4,8%), cosméticos (4,8%) e outros ramos diversos (10,4%).
Para impulsionar as vendas, 67,6% dos comerciantes pretendem investir mais em divulgação e publicidade de produtos, enquanto 11,4% apostam em brindes promocionais e 3,8% em panfletagem. Em relação às táticas comerciais, 41% dos entrevistados destacam o marketing e o uso de redes sociais como ferramentas essenciais para atrair clientes, e 12,4% planejam realizar sorteios para impulsionar as vendas.
A pesquisa aponta que 40% dos empresários consideram o controle do capital de giro o fator mais importante para garantir a liquidez das empresas, especialmente num cenário de endividamento do consumidor. Outros 34,3% enfatizam o dimensionamento adequado da equipe, enquanto 20% apostam no uso de tecnologia para reduzir riscos operacionais.
A expectativa de valor médio por compra é de até R$ 100,00 para 67,7% dos lojistas. Já 22,9% projetam vendas entre R$ 101,00 e R$ 200,00, e apenas 9,4% acreditam em valores superiores a esse patamar. Na forma de pagamento, o “crédito à vista” será predominante, escolhido por 69,5% dos estabelecimentos, seguido do débito à vista (24,8%) e das vendas parceladas (5,7%).
Apesar das boas expectativas de vendas, o levantamento mostra que o comércio não deve abrir muitas vagas temporárias: apenas 14,3% dos empresários afirmaram que pretendem contratar reforço de pessoal para o período, enquanto 85,7% não planejam novas admissões.