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Justiça marca julgamento de caseiro acusado de matar colono

Por
Whidy Melo

A Justiça do Acre marcou para o dia 6 de novembro de 2025 o julgamento de Benigno Queiroz Sales e Risonete Borges Monteiro, acusados de envolvimento no assassinato do colono Francisco Campos Barbosa, conhecido como “Chico Abreu”. O julgamento ocorrerá no Tribunal do Júri do Fórum de Xapuri, cidade localizada na região do Alto Acre.


O crime chocou a comunidade rural da região ao revelar um suposto plano motivado por ganância e traição familiar. Chico Abreu foi morto no dia 25 de novembro de 2022, dentro de sua propriedade na colocação Vista Alegre, localizada no histórico Seringal Cachoeira, na zona rural de Xapuri, na divisa com Epitaciolândia.


Segundo as investigações conduzidas pela Polícia Civil do Acre, o crime foi premeditado e executado por Benigno Sales – conhecido pelo apelido de “Banana” – que havia sido contratado como caseiro e diarista por Chico cerca de um mês antes do homicídio. A apuração revelou que Risonete Borges, então esposa da vítima, seria a mandante do assassinato, atuando em conjunto com Benigno para se apossar da propriedade rural e de cerca de R$ 8 mil em dinheiro que a vítima supostamente guardava em casa.


O corpo do colono foi encontrado dois dias após o crime, em 27 de novembro de 2022, com sinais de enforcamento e perfurações de arma de fogo. Laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirmou que Chico Abreu foi executado com um disparo de espingarda, além de ter sido asfixiado, caracterizando um homicídio brutal e calculado.


As prisões dos suspeitos ocorreram rapidamente. Benigno foi preso no dia 28 de novembro de 2022, em Epitaciolândia, e Risonete foi detida em 1º de dezembro do mesmo ano. Ambos foram formalmente denunciados pelo Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) em 3 de janeiro de 2023, e a denúncia foi aceita pela Vara Criminal de Xapuri.


O MP acusa o casal de homicídio qualificado por motivo torpe, com agravantes de recurso que dificultou a defesa da vítima e emprego de arma de fogo, além do crime de roubo qualificado. O delegado Gustavo Neves, responsável pelo inquérito, ressaltou que o assassinato foi cometido mediante promessa de recompensa, uma das qualificadoras mais graves previstas em lei.


Outro fato que chamou atenção durante as investigações foi a revelação de que Benigno já era investigado por estupro no município de Epitaciolândia.


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Whidy Melo