A sentença do rapper Sean ‘Diddy’ Combs foi divulgada nesta sexta-feira, 3 de outubro, quatro meses após a condenação do músico por duas queixas de transporte de pessoas com fins de prostituição, um crime federal. O juiz Arun Subramanian determinou que Combs enfrentará 50 meses de cárcere, cerca de quatro anos, e terá que arcar com multa de 500.000 dólares, o máximo que a Justiça pode cobrar.
Segundo o juiz, a sentença leva em consideração a fortuna do magnata. Ele também fez questão de elogiar as vítimas de Diddy: “Estou orgulhoso de vocês que vieram ao tribunal para contar ao mundo o que realmente aconteceu”.
Em julho, o rapper foi condenado pela ofensa, mas absolvido de tráfico sexual e de conspiração de extorsão pelo tribunal de Manhattan. O veredito foi considerado uma vitória para Combs, que enfrentava a possibilidade de prisão perpétua caso fosse considerado culpado de todas as acusações. A defesa do rapper afirmou que ele já havia cometido violência doméstica e enfrentava problemas de vício, mas que as alegações de comandar uma gangue de tráfico humano eram “gravemente exageradas”.
O júri responsável pela decisão de julho foi composto por oito homens e quatro mulheres etnicamente diversos, oriundos de diferentes bairros de Nova York e de idades entre 30 e 74 anos. O grupo deliberou por mais de 13 horas. Após declararem o veredito, os membros do quadro receberam a gratidão de Combs, que fez gesto de reza em sua direção. Ao dar conta do resultado, ele sorriu, apertou a mão de um de seus advogados e acenou para a família.
O escândalo P. Diddy estourou em novembro de 2023 e virou Hollywood de ponta cabeça, posicionando o público contra amigos e colegas do músico e inflando diversas teorias conspiratórias. O processo citava duas queixas de tráfico sexual, uma de extorsão e duas de transporte com fins de prostituição.