A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) decidiu, nesta quinta-feira (2), manter a absolvição dos cinco policiais militares acusados de envolvimento na morte de Maria Cauane, de 11 anos, Gleiton Silva Borges e Edmilson Fernandes da Silva Sales. O caso ocorreu em maio de 2018, durante uma operação do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), no bairro Preventório, em Rio Branco.
Segundo o G1-AC, por maioria de votos, os desembargadores entenderam que não houve irregularidade no julgamento realizado em dezembro de 2024, quando os militares foram inocentados. Com a decisão, os acusados permanecem absolvidos.
Tentativa de anulação do júri
Em fevereiro deste ano, o promotor de Justiça Carlos Augusto da Costa Pescador apresentou recurso pedindo a anulação do júri realizado no fim de 2024. Segundo ele, o veredito teria sido contrário às provas apresentadas. A solicitação era para que fosse realizado um novo julgamento perante o conselho de sentença da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Rio Branco, mas o pedido foi rejeitado.
O caso ficou conhecido como “chacina do Preventório”
Na operação policial de 2018, três pessoas foram mortas e outras ficaram feridas. O laudo pericial apontou que o disparo que matou a menina Maria Cauane teria partido de um fuzil da Polícia Militar, versão contestada pela corporação e defendida pelas famílias das vítimas.
Durante o júri popular, realizado em dezembro de 2024, quatro sargentos e um major da PM-AC foram julgados. O processo incluiu os depoimentos de 30 testemunhas — 17 de acusação, incluindo três sobreviventes que ficaram feridos na ação, e 13 de defesa.