A Polícia Civil informou que K. S. F. de 20 anos, soltava a pipa com linha de cerol que matou a bióloga Jéssica Souza, de 33 anos, em 19 de julho deste ano, em Cruzeiro do Sul, e teria fugido do local logo após a mulher cair sangrando em via pública. Jéssica foi atingida no pescoço por uma linha com cerol enquanto trafegava de motocicleta pela ladeira da rua do Purus e morreu no local.
O acusado foi indiciado por homicídio doloso duplamente qualificado, quando o autor assume o risco de produzir o resultado morte. Ele foi ouvido pela Polícia Civil e o inquérito já foi encaminhado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário pelo delegado Heverton Carvalho, do Núcleo Especializado de Investigação Criminal.
“Aquela região é conhecida, por quem é de Cruzeiro do Sul, que sempre há uma quantidade significativa de jovens e adolescentes que ficam soltando pipa ali. A Polícia Civil conseguiu identificar quem seria a pessoa responsável por estar soltando pipa naquele momento, pessoa inclusive que se evadiu do local no momento do ocorrido. Ele foi ouvido em interrogatório, depois nós representamos ao Poder Judiciário pelas medidas cautelares de busca e de prisão.A medida de prisão foi indeferida, todavia a busca e apreensão foi concedida. Nós demos cumprimento na semana passada, recolhemos alguns materiais realizados e conseguimos concluir o inquérito policial e encaminhar ao Poder Judiciário. O indivíduo, maior de idade, foi indiciado por homicídio doloso, duplamente qualificado, porque em que pese a ser uma norma administrativa por omissão, a gente entende que quando o indivíduo solta uma pipa com cerol no meio da rua, ele assume determinado risco de cometer um homicídio, então ele está ali disposto a qualquer resultado e o resultado que aconteceu, infelizmente, culminou com a morte da Jéssica. Na busca encontramos outros materiais de prova que irão corroborar o inquérito policial que agora foi remetido ao Poder Judiciário”, contou o delegado.
A Polícia Civil reforça que o uso de linhas com cerol ou outros materiais cortantes são proibidos por lei estadual e apresenta risco grave, podendo resultar em consequências fatais, como ocorreu neste caso.