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Jarude critica gestão fiscal: “governo fechou portão na cara do servidor”

Por
Saimo Martins

O deputado estadual Emerson Jarude (Novo) comentou, na sessão desta terça-feira, 30 na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), os resultados financeiros e fiscais divulgados pelo Estado do Acre no segundo quadrimestre de 2025 (maio a agosto), publicados no Relatório de Gestão Fiscal (RGF), no Diário Oficial do Estado (DOE).


Segundo Jarude, com os dados divulgados, o governo “fechou o portão na cara do servidor público”. “Agora há pouco saiu o relatório quadrimestral das finanças do Estado, e nele mostra que o Estado segue acima do limite prudencial. Detalhe: o limite prudencial é 46,55% e o governo anunciou que hoje se gasta com pessoal 46,59%. Uma diferença de 0,04%, justamente para não ter qualquer tipo de discussão de reajuste salarial ou de convocação de serviço público”, declarou.


Jarude afirmou ainda que sindicatos só poderão fazer essa discussão em 2026, a partir de fevereiro. “E agora, meus amigos, quem quiser fazer essa discussão só vai conseguir em 2026, em fevereiro, porque este ano já não dá mais. Então, senhor presidente, a gente fica refletindo sobre aquilo que o governo poderia fazer caso quisesse ter um trato melhor com o servidor público”.


Na avaliação do parlamentar, a diferença de 0,04% no relatório equivale a 25 cargos comissionados. “A gente percebe que essa diferença de 0,04% equivale a 25 cargos comissionados. Se tivesse exonerado 25 cargos comissionados, poderia discutir com os servidores públicos e também chamar aqueles que estão no cadastro de reserva para efetivamente ingressar. Mas essa não foi a opção do governador. A opção do governador tem sido nomear os amigos, aqueles que estão bajulando. Já quem senta na cadeira para estudar e passar no concurso público, esse que espere, porque a prioridade é quem balança a bandeira nas ruas. Infelizmente, foi isso que o relatório quadrimestral nos mostrou. Faço essa fala porque, infelizmente, todos nós, deputados aqui, passamos o ano lutando pelas categorias. Por diversas vezes recebemos pessoas do cadastro de reserva, categorias que buscam reajuste salarial, mas, infelizmente, o Palácio definiu que não quer conversar com eles. E isso é uma escolha do governo. Como falei anteriormente, era muito simples de resolver. Bastava exonerar 25 cargos. Estava resolvido. Mas, infelizmente, vivemos em um Estado onde se beneficia muito mais quem vai para a rua balançar a bandeira em ano eleitoral do que quem estuda para passar em concurso público”, disse.


Emerson Jarude ainda alertou: “Faço essa fala aqui a todos os servidores públicos, avisando que não haverá reajuste mais em 2025. Quem está no cadastro de reserva também não será chamado este ano. Tudo ficará para o ano que vem, que é um ano eleitoral”, comentou.


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Saimo Martins