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Pecuária acreana pode se consolidar como protagonista no mercado externo

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Da redação ac24horas

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Acre (Faeac), Assuero Veronez, falou nesta segunda-feira, 29, sobre o primeiro dia do Exporta Mais Amazônia 2025 – Acre, realizado no Centro de Convenções da Ufac, em Rio Branco.


O evento, promovido pela ApexBrasil, em parceria com o MDIC e o Sebrae, reuniu 76 vendedores, 44 deles do Acre e 25 compradores internacionais, sendo a maior edição do programa já realizada na Região Norte.


Durante entrevista concedida ao jornalista Itaan Arruda, do ac24agro, Veronez ressaltou que a pecuária acreana tem condições de se consolidar como protagonista no mercado externo por já ter alcançado escala produtiva.


“Exatamente. É aquilo que você falou, um dos pré-requisitos para se exportar é ter escala. Escala quer dizer quantidade de produto. E o que nós temos aqui no Acre hoje, que é evidente, é a carne bovina. A carne bovina é uma atividade da pecuária, vem desenvolvendo há muitos anos e hoje nós chegamos num ponto que se não temos uma quantidade tão grande como Rondônia, por exemplo, nós temos volume, sim, para nos aventurar um pouco nesse mercado exportador, porque exportar é importante. Você fatura em dólar, você melhora todas as condições de comercialização do mundo inserindo o seu produto, que a gente tem um produto de qualidade e, portanto, permite que a gente faça uma inserção nesse mercado altamente competitivo”, explicou.


Questionado sobre as perspectivas de negócios para o setor no evento, o presidente da Faeac ponderou que o processo é gradual. “Isso é um aprendizado, uma catequese. É uma aproximação que você vai fazendo, mostrando o produto e vendo as condições de preço para ser competitivo. Quando você olha o perfil de exportação do estado do Acre, você vê que há poucos anos atrás, o principal produto era a madeira, depois a castanha e etc. Hoje, os três principais produtos são a carne bovina em primeiro lugar, a soja em segundo lugar e a carne suína, veja bem, em terceiro lugar, depois que vem a madeira, depois que vem a castanha. Então, houve uma mudança importante nesse perfil de exportação do estado do Acre”, ressaltou.


Veronez também destacou que o café desponta como uma nova aposta para o futuro da produção acreana. “Por exemplo, um dos que vem vindo aí depois dos três que eu falei é o café. O café com certeza vai crescer, o mundo inteiro precisa de café, o mundo inteiro consome café e o café eu acho que é um produto que está sendo plantado, mas que nós vamos ter no futuro, eu acho que é uma produção que nos permite acreditar na exportação”, pontuou.


Ao ser questionado sobre a suspensão das exportações de carne bovina para os Estados Unidos, o dirigente demonstrou otimismo. “Um pouco é isso, é claro que preocupa, porque os Estados Unidos realmente é um mercado enorme e a gente tem uma boa relação comercial, sempre teve, então há esse estremecimento agora, mas eu acho que isso vai ser superado. Obviamente, nesse momento onde nós deixamos de exportar para os Estados Unidos a carne bovina, mas os outros mercados absorveram esse consumo, esse produto, principalmente China, então nós não estamos tendo dificuldade com relação a isso, não houve impacto no preço da carne bovina para o país”, finalizou.


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