As cartas do jogo eleitoral do próximo ano para a disputa do governo, estão na mesa e os jogadores em seus postos. Está praticamente definido que teremos quatro nomes disputando a cadeira do poder do Palácio Rio Branco. Três do campo da direita, bolsonaristas radicais, que são o prefeito Tião Bocalom (PL), a vice-governadora Mailza Assis (PP) e o senador Alan Rick (UB). É um do campo da esquerda, o médico Thor Dantas (PSB), mas, não é um radical. o Alan virá com um discurso de uma gestão moderna; a Mailza na defesa das conquistas do governo Cameli; e o Bocalom, com seu discurso de Produzir para Empregar. O Thor, com um discurso de que é preciso mudança. As pesquisas têm apontado até aqui uma vantagem do senador Alan Rick (UB). Mas, a campanha não começou, por isso, é prematuro apontar um favorito, já que pesquisa indica um momento hoje, que poderá ser outro, amanhã. O quadro eleitoral para 2026 será este. Sem pressa, em apontar um ganhador: Urnas costumam pregar peças e surpresas. E uma campanha se sabe como começa, mas não se sabe como terminará.
SONHAR, NÃO CUSTA NADA
Como diz a estrofe de um famoso samba enredo: Sonhar\Não custa nada.. A equipe do governador Cameli não deve alimentar o sonho do prefeito Tião Bocalom apoiar a candidatura da vice-governadora Mailza Assis ao governo, na eleição do próximo ano, por um motivo: O Bocalom é candidato ao governo, está em campanha e é um direito seu. Se vai ganhar ou perder, isso é com as urnas. Não tenho dúvida da sua candidatura. Pensar o contrário é ingenuidade.
É OBSTINADO
Conheço o prefeito Tião Bocalom de muitas campanhas políticas. Quando ainda não era muito conhecido na capital e nem no estado, saiu candidato a prefeito e a governador (quase ganha do Tião Viana), sem um pau para dar num gato. Agora, que ganhou duas eleições para prefeito da capital e com visibilidade no estado, se colocar na cabeça que será candidato ao Palácio Rio Branco, não há nada que lhe convença a desistir.
OS DONOS DA COCADA PRETA
O que a equipe política do governo tem de se preocupar é em tornar o nome da Mailza Assis mais conhecido na capital, que é onde está a maioria dos votos. E parar com esse purismo de que não precisa de alianças com partidos fora do poder, e que vai ganhar a eleição só com seu grupo. A candidatura da Mailza não é a cocada preta que pensam – as pesquisas mostram isso – para sair numa candidatura isolada e sem aliados. Precisa ampliar o seu campo.
QUESTÃO LÓGICA
O senador Alan Rick (UB) é forte na capital, mas tem dificuldade maior com a sua candidatura na região do Juruá, notadamente, em Cruzeiro do Sul, segundo maior colégio eleitoral do estado. Mas, se convencer a médica Jéssica Sales (MDB) ser a sua vice, racha o eleitorado da região no meio e se torna forte. A Jéssica perdeu a eleição para prefeita enfrentando uma campanha milionária e suja e contra as máquinas do governo e da prefeitura de CZS, por míseros 200 votos. Os inteligentes (sic) do grupo da Mailza não conseguiram entender essa simples questão lógica numérica.
DO LIMÃO UMA LIMONADA
O prefeito de Cruzeiro do Sul, Zequinha Lima, já desfila nos atos oficiais com o seu candidato a deputado federal, Fábio Rueda (UB). O Zequinha se elegeu num conglomerado de alianças, não tem uma liderança própria forte, por isso terá dificuldade de fazer do desconhecido Rueda bem votado naquele colégio eleitoral. Voto é a mercadoria mais difícil de transferir.
SEM TEMOR DE AFIRMAR
A deputada federal Antônia Lúcia (Republicanos) – sem temor de afirmar – é quem vai chegar na disputa da reeleição, com as igrejas evangélicas mais representativas do estado lhe apoiando. A última adesão conquistada por ela foi a da Assembléia de Deus Madureira, num ato com um público em torno de cinco mil pessoas, com lideranças nacionais da igreja presentes. Pesa no voto.
FIGURA DO BEM
Em Tarauacá e região, quem toca firmemente a sua candidatura a deputado estadual, é o repórter Chiquinho R7, uma figura do bem. Falta só definir por qual partido.
ACOMPANHA O BOCA
Caso o prefeito Bocalom entre na campanha para o governo, quem deverá estar no seu palanque é o senador Márcio Bittar (PL). Bittar e Bocalom são aliados e afinados ideologicamente no viés bolsonarista.
CAMISA DE FORÇA
Aquela declaração do governador Gladson de que, quem vai indicar o vice na chapa ao governo da vice-governadora Mailza Assis é ele, a deixou numa posição política fragilizada. Que partido fora do seu grupo vai discutir uma aliança com ela, sem nem o poder de indicar o seu vice numa composição política, ela terá direito? Ficou numa camisa de força.
VAI TER CANDIDATO
Nunca me falou nada a respeito, mas não me causará surpresa se o grupo político do secretário de Educação, Aberson Carvalho, lançar um nome novo como candidato a deputado estadual. Está certo. Depois da eleição de 2026, quem não tiver ficha não senta na mesa política do jogo, para discutir espaço no futuro governo, seja ele qual for.
FALTA DE BONS NOMES
A dificuldade de partidos como Republicanos, MDB, PSD e outros, na busca de formar uma chapa competitiva para a Câmara Federal, não é a falta de Fundo Eleitoral, mas encontrar nove nomes com densidade política, para a disputa de vaga de deputado federal. Os nomes fortes já estão comprometidos com outras siglas.
SERÁ PRECISO DESENHAR?
Recebi uma ligação de um deputado da base do governo, com a indagação irônica aos governistas que acham que poderão ter o Bocalom no palanque da Mailza: “Mais claro do que está, não pode ficar, será preciso desenhar que o Bocalom será candidato a governador”?
DEPENDE DO ZERO UM
O secretário de Saúde, Pedro Pascoal, disse ao BLOG não descartar a sua candidatura a deputado federal, mas vai depender do aval do governador Gladson.
JURA SOB A BÍBLIA
Quem vai jurar sob a Bíblia que será fiel numa provável campanha do prefeito Bocalom ao governo, é o vice-prefeito Alysson Bestene. Se o Boca quiser, ele jura até sob o Alcorão. Quer ganhar de graça, dois anos de prefeito. E com direito à reeleição.
CAMPANHA PROFISSIONAL
O ex-governador Jorge Viana tem dito a quem conversa sobre a sua candidatura ao Senado, que dessa vez não fará uma campanha de afogadilho, como a para o governo, mas virá em cima de uma estrutura profissional. Não o tirem do jogo.
VOU LER
Acompanhei por dentro, como jornalista da área política, o conturbado governo de Orleir Cameli. Vou ler o livro sobre a sua biografia, para depois comentar o conteúdo. Não sei se vai retratar ter sido o governador mais atacado pela imprensa e pelos órgãos de controle.
FRASE MARCANTE
“A felicidade é uma ilusão passageira; a vida é difícil e repleta de sofrimento.” Sigmund Freud.