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Alunos de escola com rachaduras são realocados para novas instituições em Cruzeiro do Sul

Por
Sandra Assunção

A Escola Braz Aguiar, localizada em Cruzeiro do Sul, está em obras e os 380 estudantes da instituição foram transferidos para outras três unidades de ensino. Desde a última quinta-feira (25), os alunos acompanham as aulas no Polo UAB e nas escolas Dr. Valério Caldas de Magalhães e João Kubitschek.


A interdição para obras emergenciais e a transferência foram determinadas pela Vara da Infância e Juventude de Cruzeiro do Sul, no último dia 19, após laudos técnicos apontarem graves problemas estruturais e falhas em equipamentos de segurança.



A decisão, assinada pelo juiz Luís Rosa, atendeu a uma Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público do Acre, que denunciou riscos iminentes à integridade física de alunos, professores e funcionários. O pedido ao MP foi feito pela diretora da escola, Flávia da Silva Costa.


Aderlan Gomes, coordenador da Representação da Secretaria de Estado de Educação em Cruzeiro do Sul, diz que o objetivo agora é assegurar que o calendário escolar não seja prejudicado. “É um prédio antigo, onde parte de um pavilhão estava cedendo no aterro. Os engenheiros fizeram análise e a obra de recuperação já foi iniciada com previsão de conclusão em 180 dias. Nas outras unidades, os alunos continuaram na mesma turma e no mesmo turno, só mudaram de espaço. Duas são perto daqui e só aqueles que já utilizavam o transporte para chegar até a instituição de ensino, que continuarão utilizando”, explicou.


Já a parte administrativa da Escola Braz de Aguiar, foi reordenada para o espaço do Centro de Referência em Inovação para Educação (Crie), que fica bem próximo da instituição de ensino.


As obras emergenciais de recuperação da escola incluem serviços de reforço na estrutura, correção de infiltrações e adequações de segurança para garantir condições adequadas de funcionamento.



Condições da Braz de Aguiar


Conforme os autos, inspeções do Corpo de Bombeiros e do Núcleo de Apoio Técnico do MPAC identificaram fissuras e trincas em paredes, afundamento de piso, queda parcial do forro da cozinha, erosão do solo sob a fundação e infiltrações que comprometem a estabilidade do prédio.


O magistrado determinou a interdição do prédio, impedindo a permanência de alunos e profissionais, a realocação dos estudantes para escolas seguras e adequadas, com transporte escolar gratuito, caso o deslocamento ultrapasse 2 km.


Ordenou ainda obras emergenciais para estabilizar o solo, reforçar pilares e vigas, reparar fissuras, reconstruir o forro da cozinha e corrigir a drenagem.


A justiça também ordenou que o Conselho Estadual de Educação e o Corpo de Bombeiros acompanhem a execução das providências e apresentem relatórios periódicos.


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Sandra Assunção